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Meio Ambiente

Inverno chega dia 20, traz poucas chuvas e ameaça geração de energia

Com o fenômeno La Niña, chove pouco em Mato Grosso do Sul até meados de setembro

Caroline Maldonado | 12/06/2021 12:27
Está prevista pelo menos uma massa polar fraca até o final de junho e mais duas até o final de julho, trazendo temperaturas baixas próximas de cinco graus no centro-sul e em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Está prevista pelo menos uma massa polar fraca até o final de junho e mais duas até o final de julho, trazendo temperaturas baixas próximas de cinco graus no centro-sul e em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

Deve escurecer mais cedo no dia 20 de junho, o primeiro do inverno e o mais curto do ano, com apenas dez horas de sol. Em contrapartida, a noite será a mais longa com 14 horas de escuro, conforme a previsão divulgada pelo meteorologista Natálio Abrãao, da Estação Meteorológica da Universidade Anhanguera Uniderp. Com o fenômeno La Niña, até meados de setembro, chove pouco em Mato Grosso do Sul. A falta de chuva na porção central do Brasil deve ter consequências nas bacias das hidrelétricas, o que pode comprometer a geração de energia.

É prevista pelo menos uma massa polar fraca até o final de junho e mais duas até o final de julho, trazendo temperaturas baixas próximas de cinco graus no centro-sul e em Campo Grande. Apesar de algumas manhãs com temperaturas mínimas abaixo dos 20 graus e chances de geadas no extremo sul do Estado, caso cheguem massas de ar polares, o inverno trará também dias de calor e umidade relativa baixa. A estação mais fria termina em setembro, dando espaço à primavera que chega no dia 22 do mesmo mês.

A primeira geada no Estado pode vir ainda em junho, segundo o meteorologista. “No mês de julho os modelos indicam ocorrência de forte massa de ar polar em meados do mês, causando pouca chuva na região sul, sudeste, centro e parte do oeste do Estado, mas a queda nas temperaturas serão sensíveis com forte intensidade”, detalha Abrãao.

Como de costume no inverno os nevoeiros devem ocorrer no centro-sul de Mato Grosso do Sul, principalmente entre Ponta Porã e Amambai. As chances de ocorrência de geadas entre Campo Grande e Sete Quedas no extremo sul do estado é de 60% no final de junho e de 70% em meados de julho. Nestes dias, os termômetros podem registrar temperaturas abaixo de sete graus em Ponta Porã, Amambaí, Dourados, Paranhos, Eldorado, Mundo Novo, Maracaju, Rio Brilhante e Sete Quedas e demais cidades situadas no centro-sul.

Neste inverno, deve chover menos do que a média, que é de 35 milímetros, em todo MS. No entanto, em agosto chuvas mais frequentes devem ocorrer no centro-sul do Estado, entre Campo Grande e Sete Quedas. Nessas cidades chove a quantidade média ou pouco mais. Nas demais regiões, a tendência é de valores abaixo do esperado. Em setembro, até o final da primeira, os índices de chuvas serão abaixo das médias. As temperaturas estarão elevadas e a umidade relativa do ar em valores mínimos de alerta.

Previsão é de temperaturas máximas acima dos 32 graus, nos dias mais quentes (Foto: Kísie Ainoã)
Previsão é de temperaturas máximas acima dos 32 graus, nos dias mais quentes (Foto: Kísie Ainoã)

Calor - Nos dias mais quentes, o sul-mato-grossense pode esperar ar seco, estiagem prolongada e o vento calmo. Os índices de umidade abaixo de 30% são esperados entre julho e setembro, bem como temperaturas máximas acima dos 32 graus, até o fim da estação. Também estão previstas inversões térmicas que causam nevoeiros com alta umidade, névoas e neblinas. Em dias de umidade baixa devem ocorrer as névoas-secas.

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