Jaguatirica é morta às margens de BR sem sinalização para proteger animais
Trecho da pista onde jaguatirica estava caída, na BR-060, não possui placa de travessia de animais silvestres
Uma jaguatirica macho foi encontrada morta às margens da BR-060, entre os municípios de Dois Irmãos do Buriti e Maracaju, na manhã desta sexta-feira (6). O animal estava "deitado" no acostamento da rodovia e o asfalto estava com manchas de sangue.
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Uma jaguatirica macho foi encontrada morta às margens da BR-060, em Mato Grosso do Sul, evidenciando a falta de sinalização para a travessia de animais silvestres na área, que é predominantemente agrícola. O biólogo Kwok Chiu Cheung destacou a importância de implementar medidas para reduzir os atropelamentos, uma vez que entre 2017 e 2020, mais de 2 mil carcaças de animais silvestres foram registradas nas rodovias do estado. A Polícia Rodoviária Federal recomenda que os motoristas mantenham uma velocidade reduzida e estejam cientes das áreas de risco para minimizar esses acidentes.
Conforme apurado pela reportagem, o trecho da pista onde a jaguatirica estava caída não possui placa de travessia de animais silvestres, apenas de travessia de gado. A região é repleta de plantios de soja.
O biólogo e superintendente executivo da Fundação Neotrópica do Brasil, Kwok Chiu Cheung explica que, apesar de semelhante com um filhote de onça, trata-se de uma jaguatirica "pelo padrão de manchas no corpo". Segundo ele, esse é um animal que possui uma distribuição ampla por Mato Grosso do Sul.
"Nessa região ainda podemos encontrar esse animal, mas não em abundância. Isso ressalta a importância de implementar medidas eficientes para reduzir os atropelamentos de fauna", destacou o biólogo.
Conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal) para minimizar o risco de atropelamento, o condutor deve manter o veículo em boas condições e antes de viajar identificar as áreas de risco, onde há alta incidência de atropelamentos de animais. A orientação principal é a redução da velocidade, que é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar atropelamentos.
Conforme o levantamento realizado pelo ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), entre os anos de 2017 e 2020, encontrou 2159 mil carcaças de animais silvestres que morreram atropelados nas rodovias do estado.
Somente de maio de 2023 a 2024, foram encontrados 2300 animais vitimas de batidas, no trecho de Campo Grande até a ponte do Rio Paraguai. Para tentar mitigar os acidentes, uma das rodovias com mais acidentes, a BR-262, foi sinalizada com placas "mais impactantes".
Ao Campo Grande News, o 2° BPMA (Batalhão de Polícia Militar Ambiental), informou que as equipes não recolhem a carcaça dos animais.
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