Mais da metade das cidades teve chuva abaixo da média no início de setembro
O acumulado foi maior em Bonito, que alcançou 79% do que é esperado para o mês
O balanço meteorológico dos primeiros 15 dias de setembro, feito pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), indica que mais da metade dos municípios de Mato Grosso do Sul estão muito distantes de alcançar o volume de chuva aguardado para o mês, de acordo com a média histórica.
Foram analisadas as precipitações em 41 municípios e uma estação extra no Pantanal de Corumbá. Onde mais choveu foi em Bonito, que alcançou 79% do que é esperado. A média histórica aponta 78 milímetros para setembro, enquanto choveram 62 milímetros entre os dias 1º e 15.
Outro destaque é que 13 cidades não tiveram qualquer registro de chuva, além de três e a região de Nhumirim/Nhecolândia, no Pantanal, terem apresentado valores abaixo de 2 milímetros. A primeira quinzena teve desvio muito alto em relação ao esperado nesses 17 municípios e na estação pantaneira, que é entre 43 e 90 milímetros.
Campo Grande está na lista de cidades onde a chuva até veio, mas em volume insignificante. Choveu apenas 0,4 milímetros em 15 de setembro. São esperados 73,9 milímetros no mês.
Os outros municípios com balanço da chuva abaixo da média até a segunda quinzena, foram: Dourados, Ponta Porã, Mundo Novo, Sete Quedas, Itaquiraí, Juti, Jardim, Iguatemi, Caarapó, Fátima do Sul, Aral Moreira, Miranda, Rio Brilhante, Amambai, Itaporã, Ivinhema, Maracaju, Aquidauana, Angélica, Corumbá, Nova Andradina, Nova Alvorada do Sul, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Sonora, Porto Murtinho, Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Ribas do Rio Pardo, Corguinho, Três Lagoas, Bandeirantes, Água Clara, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Paranaíba, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Cassilândia e Costa Rica.
O Cemtec não analisou a precipitação em outros municípios. Inclusive em Chapadão do Sul e Paraíso das Águas, que haviam completado 150 dias de estiagem antes de chover neste início de setembro.
Inmet - Na previsão para o mês de setembro, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já havia alertado para a probabilidade de chover menos que a média histórica em vários estados, inclusive em Mato Grosso do Sul, devido "à persistência de massas de ar seco que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar".
O instituto também havia frisado que o cenário favorece o aumento da incidência de queimadas, além do aumento de doenças respiratórias.
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