MS vai comprar de empresa uruguaia avião contra o fogo no Pantanal
Aquisição da aeronave ocorre após licitação internacional e supre demanda antiga do Estado
O Governo do Estado vai comprar por R$ 14 milhões da empresa uruguaia Agsur Aviones S/A uma aeronave que será usada nas ações de combate aos incêndios florestais no Pantanal e outras áreas verdes de Mato Grosso do Sul. O resultado da licitação foi republicado nesta segunda-feira (26), confirmando a empresa vencedora.
Representados no Brasil pela Aviopeças Comércio Aeronáutico Ltda, os uruguaios são especializados nas aeronaves da fabricante Air Tractor, muito usadas no controle de incêndios em vegetações, mas também com modelos destinados à agricultura.
Além de atender o Brasil, a Agsur abrange todo o território da América do Sul e Central, possuindo escritórios em São Paulo, na cidade argentina de Pergamino - entre Buenos Aires e Rosário - e no estado norte-americano do Texas, em Arlington.
A licitação foi aberta pela SAD (Secretaria Estadual de Administração) no início do mês passadao em modelo internacional - todas as publicações no DOE (Diário Oficial do Estado) foram realizadas em inglês por isso.
O modelo comprado terá capacidade de armazenamento de 3 mil litros de água. O preço máxima da aquisição era de R$ 14,9 milhões - ou seja, foi conseguido uma economia de R$ 900 milhões na licitação realizada pelo Governo do Estado.
A Agsur deve oferecer aeronave homologada no Brasil com, além de reservatório de água para armazenar até 3 mil litros, também um tanque de espuma com capacidade superior a 60 litros ou 15 galões. O monomotor turboélice, biplace, deve ter sido originalmente concebido para combate a incêndios florestais.
Além da aeronave, a contratada pelo poder público local também deve proporcionar, sem custos adicionais, o treinamento para pilotos do Corpo de Bombeiros, feito com instrutores credenciados pelo fabricante do monomotor.
Uma aeronave própria para fazer o combate dos incêndios em Mato Grosso do Sul é uma demanda antiga do Estado, que vem sofrendo com queimadas florestais e no ano passado passou por uma de suas maiores crises com a severa seca que atingiu a região pantaneira e de cerrado, em várias partes do território sul-mato-grossense.