Mudas adaptadas são a esperança para guaviras do Parque das Nações Indígenas
Viveiro diz não ser responsável pelas plantas perdidas, mas monitoram pomar em outro ponto do parque
O Parque das Nações Indígenas possui várias áreas com plantio de espécies nativas, algumas não prosperam e outras estão em pleno desenvolvimento. É o caso de 48 mudas de guaviras, que estão tendo as primeiras floradas com a chegada do inverno.
Nesta semana, a reportagem do Campo Grande News mostrou que as árvores plantadas próximas às quadras de areia não conseguiram se desenvolver, restando apenas as cercas e a grama seca. Porém, alguns metros dali, um pomar está sendo monitorado de pertinho pela BR Garden, onde as primeiras flores começaram a aparecer dois anos após o plantio.
“Elas estão saindo do inverno agora, perderam as folhas antigas e agora já está vindo aí folhinhas novas rebrotadas. Elas estão com o sistema radicular delas formado e a gente já teve aqui o prazer de ver a primeira safra de guavira aqui do nosso do nosso bosque. O sistema de radicular bem informado, uma muda em crescimento e a natureza agradece”, destaca Ariadne Gonçalves, diretora da startup BR Garden.
Ainda segundo Ariadne, das 50 mudas plantadas naquela área, apenas duas não se desenvolveram plenamente, sendo necessário o replantio. “O bosque fica subindo a ponte, onde você já consegue ver as guaviras se desenvolvendo”, completa.
Segundo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) é importante lembrar que essas plantas foram cultivadas no viveiro antes de serem plantadas no local, porque o arbusto costuma levar de três a quatro anos para apresentar as primeiras flores e frutos.
Importância das guaviras - O que antes era encontrado em diversos lugares de Campo Grande, virou artigo “raro” e precisa até ser importado do país vizinho. Como reportado pelo Campo Grande News ano passado, os comerciantes de guavira lamentam que o fruto esteja sumindo de Mato Grosso do Sul por causa das plantações de soja.
Esse “sumiço” da guavira já vem sendo anunciado há anos. Em 2020, os vendedores já relataram a dificuldade de encontrar o fruto. Na época, eles explicaram que a colheita já não era igual aos anos anteriores.
A guavira foi declarada fruto símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul, com a Lei 5.082/2017. Nativa do Cerrado, é rica em vitamina C e pode ser usada em receitas de doces, sucos, geleias e até cachaças artesanais.
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