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Meio Ambiente

Pantanal queimou mais vegetação nativa do que área de pastagem

Os biomas foram mais atingidos do que as áreas de pastagens, pela primeira vez desde 2019

Por Viviane Oliveira | 22/11/2024 09:35
Área no Pantanal destruída pelo fogo (Foto: Alex Machado)
Área no Pantanal destruída pelo fogo (Foto: Alex Machado)

Em 10 meses, o Brasil teve três vezes mais focos de queimadas e perdeu o dobro de área para o fogo do que em 2023. Os municípios de Corumbá e São Félix do Xingu, no Pará, registraram as maiores faixas de terras queimadas entre janeiro e outubro deste ano, com 1,4 milhão e 795 hectares, respectivamente. O principal foco do fogo foi a vegetação nativa.

Conforme Monitor do Fogo, do MapBiomas, que monitora o uso do solo brasileiro por imagens de satélite, os incêndios devastaram 15 milhões de hectares a mais que o ano passado. Os biomas foram mais atingidos do que as áreas de pastagens, pela primeira vez desde 2019, quando começou a medição.

No Pantanal, a área queimada aumentou 1.017% (Foto: Alex Machado)
No Pantanal, a área queimada aumentou 1.017% (Foto: Alex Machado)

A Amazônia foi a maior vítima do ano, seguida do Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. A Amazônia e o Cerrado concentram 92% da área queimada de pastagens plantadas no Brasil desde 1985.

No Pantanal, a área queimada aumentou 1.017%. Foram 1,8 milhão de hectares – ou 1,6 milhão a mais que o mesmo período do ano passado. A destruição de um bioma resulta na morte de várias espécies de plantas e animais.

Em 2023 o Brasil possuía 164,5 milhões de hectares de pastagens plantadas, ou 19% do território nacional. Elas respondem por 59% da área destinada à agropecuária no país. Desde 1985, as pastagens aumentaram em 82%, com Amazônia (59 milhões de hectares) e Cerrado (51 milhões de hectares) concentrando a maior parte dessa expansão.

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