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Meio Ambiente

Piranha também ama: dança do acasalamento de 3 horas é atração no Bioparque

Dois casais de peixes da espécie pantaneira fazem reprodução rara para ciência dentro de aquário

Por Gabriela Couto | 17/09/2023 09:45

A família de peixes do Bioparque Pantanal está aumentando. Nos últimos dias dois casais de piranhas pantaneiras protagonizaram registro raro para a ciência e mostraram que "também amam".

Segundo o biólogo curador dos aquários, Heriberto Gimênes Júnior, a desova simultânea é motivo de comemoração. “Em ambiente de aquário, é algo muito raro”, explicou. Nas imagens divulgadas para a população é possível ver passo a passo da reprodução da espécie, como se estivessem no rio de água doce.

“Esses casais constroem um ninho, depositam os ovos e macho cuida até eclodir. Assim que o casal se forma, macho e fêmea ficam nadando lado a lado. Acontece a dança do acasalamento, que nada mais é do que um tremor lateral. Após a dança eles depositam os ovinhos nesse ninho”, acrescenta Heriberto.

O processo de desova dura em torno de 2h a 3h. Até os peixinhos nascerem, é o pai que fica solitário e oxigenando os ovos. “Ele fica fazendo movimento circulares, de modo que a água passe nesses ovinhos e aí não crie uma barreira com fungos e outros parasitas”.

A expectativa é que as novas piranhas eclodam em até 3 dias. Nos primeiros dias de vida o saco vitelino fornecerá suprimentos para o alevino. Poucos dias depois, eles vão começar a nadar livremente.

O Bioparque Pantanal segue o modelo moderno de aquários e zoológicos e tem como um dos seus pilares a conservação, que já conta com mais de 250 reproduções de 46 espécies distintas, dentre as quais 12 registros são inéditos para a ciência no mundo e nove no Brasil.

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