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Meio Ambiente

PMA monitora fenômeno que causa morte de peixes no Pantanal

Decoada começou a ser registrada no final de semana e segue sendo observada

Maristela Brunetto | 04/05/2023 10:25
Polícia Ambiental monitora o fenômeno natural no Pantanal e fica atenta a risco de pesca predatória. (Fotos: Divulgação PMA)
Polícia Ambiental monitora o fenômeno natural no Pantanal e fica atenta a risco de pesca predatória. (Fotos: Divulgação PMA)

A PMA (Polícia Militar Ambiental) manteve equipes de Miranda e Corumbá nos últimos dias para monitorar a decoada, fenômeno natural que causa a morte de peixes em rios da Bacia Pantaneira. Desde domingo começaram a surgir vídeos da comunidade registrando o fenômeno, incluindo a presença de muitas arraias perto das margens.

Policiais se concentraram nas regiões do Porto da Manga e trechos no Rio Paraguai para um trabalho preventivo, de monitorar o fenômeno e também evitar a pesca predatória em decorrência dele. A decoada ocorre com a redução do oxigênio na água, que força a movimentação dos cardumes em busca de melhores condições, colocando os peixes em condição vulnerável para captura. O oxigênio reduz diante do excesso de matéria orgânica na água, com a vegetação em decomposição, o que pode ter ocorrido em proporção maior diante do volume de chuvas deste ano.



O alerta da PMA é que mesmo diante do risco de que muitas espécies morram pelo fenômeno, as regras para a pesca são mantidas, com a vedação de alguns petrechos e as limitações de medidas e cotas. A pesca predatória gera prisão em flagrante e o crime prevê pena de um a três anos de detenção, ainda há multa administrativa de R$ 700,00 a R$ 100 mil, mais R$ 10,00 por kg de pescado e apreensão de todo o material utilizado, incluindo embarcação.

A PMA explica que a decoada movimenta a cadeia alimentar no Pantanal. Os peixes que morrem pela falta de oxigênio acabam alimentando outros peixes, além de aves, répteis e mamíferos.



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