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Meio Ambiente

Primeira fase de operação rendeu mais de R$ 4 milhões em multas por incêndios

Em um único flagrante, 3.200 hectares foram queimados em propriedade rural; operação especial foi deflagrada no início de setembro

Liniker Ribeiro | 23/09/2020 17:19
Flagrante de incêndio intercional em propriedade rural visto do alto (Foto: Divulgação)
Flagrante de incêndio intercional em propriedade rural visto do alto (Foto: Divulgação)

Passa de R$ 4 milhões o valor de multas aplicadas por flagrantes de incêndios intencionais em áreas rurais de Mato Grosso do Sul, desde o dia em que a Operação Focus foi deflagrada, no início de setembro. Em um único flagrante, 3.200 hectares foram queimados em propriedade rural.

Desencadeada por meio de parceria entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), a operação tem por objetivo apurar incêndios nas áreas rurais do Estado e concentra ações em propriedades localizadas nas regiões da Nhecolândia e Nabileque, localizadas nos municípios de Corumbá, Ladário e Miranda.

Inclusive, na região do Nabileque, levantamentos indicam indícios de queimadas em áreas indígenas. Na região da Nhecolândia, mais de 30 propriedades foram percorridas por fiscais do Imasul, perícia criminal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental.

Entre as ferramentas utilizadas pelas equipes, imagens de satélites permitem levantamento de locais afetadas pelas queimadas. “São áreas extensas que demandam um trabalho minucioso, que leva tempo na coleta de vestígios e, somente após essa coleta, teremos condições de confeccionar os laudos periciais que devem apontar os danos materiais e ambientais, bem como se o incêndio foi acidental ou intencional, por exemplo”, explica o perito criminal Cícero Wagner Calixto dos Santos.

Conforme o presidente do Imasul, mais de 2.800 quilômetros de terra foram percorridos durante a primeira fase da operação, permitindo mapeamento das áreas atingidas. “Foi possível fazer a constatação do início desses focos e agora, validado o indício do início do foco dos incêndios trazemos os trabalhos para o laboratório de geoprocessamento do Imasul e aqui nós apuramos a extensão desse dano, o quanto de área foi queimada a partir desse ponto do início de queimada”, explica André Borges.

Amontuado de madeira queimada na região de Aquidauana. (Foto:Divulgação/PMA)
Amontuado de madeira queimada na região de Aquidauana. (Foto:Divulgação/PMA)

Caso recente - Proprietária de uma fazenda no município de Aquidauana, a 135 quilômetros da Capital, foi multada em R$ 56 mil após flagrante da PMA identificar área afetada por incêndio intencional que atingiu 56 hectares de pastagem e vegetação nativa. O caso aconteceu terça-feira (22).

Na fazenda da mulher, a equipe localizou o uso do fogo em madeiras que estavam amontoadas, produto de um desmatamento legalizado, que se alastrou por uma área de pastagem, queimando também vegetação nativa em alguns capões. Além da multa, a mulher também pode responder por crime ambiental de poluição, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão.

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