Projeto une amigos para limpar nascentes e salvar rios de MS
Oitava edição reuniu 180 pessoas para juntar lixo nas tanto nas margens quanto dentro das águas
Projeto ambiental une amigos e voluntários para limpar nascentes e salvar rios de Mato Grosso do Sul. O objetivo é, além de recolher o lixo nas margens e dentro d’ água, conscientizar a população sobre o uso correto dos rios. Este ano, a iniciativa contou com mais de 180 pessoas.
Ruy Maciel Santos, um dos idealizadores, explica que a ação acontece há 11 anos e que nesta edição, (8ª), o número de resíduos foi menor. “A gente começa umas 6h30 e vai até no máximo 13h. Este ano diminuiu bem, mas com a conscientização vai diminuir mais. Deixamos placas e as pessoas que participam falam boca a boca também”.
Ele comenta que o projeto, desenvolvido em Rio Negro, município localizado a 153 quilômetros, da Capital sul-mato-grossense, teve início aos poucos, com apenas 30 voluntários.
“Começamos de forma sem saber o que iríamos fazer, mas com vontade de fazer. Tínhamos 20 ou 30 pessoas tirando muito lixo no começo. Só em um lugar tiramos mais de 20 sacos, tiramos 2 mil kg de lixo, outra vez, tiramos dois caminhões”.
A empresária Zanir Furtado, é uma das voluntárias. Ela comenta que também notou que a quantidade de lixo diminuiu. Além da alegria em ver as nascentes menos poluídas, ela ressalta que a participação dos jovens foi outro motivo de festa.
“Ano retrasado, primeiro ano que participei retiramos vários sacos de lixo. Esse ano recolhemos muito lixo, mas não tinha uma quantidade grande. Fiquei muito feliz. Vejo que tem dado resultado. Porque não é só colher o lixo, é fazer também um trabalho de conscientização”.
O trabalho é feito com uso de barcos e apé, nas margens dos rios. Zanir ajudou a limpar a cachoeira do Rio do Peixe.
“A gente tem que pensar de forma coletiva, acho que mais do que nunca temos que ter uma visão de dar as mãos para que a vida se torne sustentável. Já estamos em meio crítico no planeta e o Pantanal é um dos biomas importantíssimos, cuidar desses rios é cuidar do Pantanal”.
Sobre a participação dos jovens, ela acrescenta que a nova geração está mais conscientemente e amiga do meio ambiente. “Quando colocam junto a gente desenvolve um amor pela natureza e educa. É uma geração que está vendo mais consciente, com mais entusiasmo. Que não vai só recolher, vai conscientizar sobre assunto”.
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