Rio Paraguai recua após atingir maior nível em cinco anos
De acordo com a Defesa Civil de Corumbá, afluente registrou 3,96 metros de altura nesta quarta-feira (23)
Defesa Civil emitiu boletim que encerra o alerta de risco de inundação do Rio Paraguai, localizado em Corumbá, a 428 quilômetros da Capital. Segundo o comunicado, enviado à imprensa nesta quarta-feira (23), o curso hídrico registrou 3,96 metros de altura na régua instalada em Ladário.
O alerta é fundamentado em dados técnicos do CPRM (Serviço Geológico do Brasil), da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), de estudos da Embrapa Pantanal e da aferição do afluente no Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste do 6º Distrito Naval.
“O nível do Rio Paraguai ultrapassou a cota de alerta, que é de 4 metros na data de 26 de junho e atingiu o seu nível máximo na data de 18 de julho, com 4,24 metros, chegando a 2,22 metros acima do seu nível de redução”, explicou Superintendente Municipal de Proteção e Defesa Civil, Isaque do Nascimento.
Segundo o profissional, o ciclo e curso hídrico deste ano é considerado como cheia pequena, conforme codificação caracterizada pela Embrapa. "O processo de continuado declínio, cessa a possibilidade de risco de elevação das águas, afastando a força de invasão das águas nas instalações lindeiras do curso hídrico, conforme demonstra os modelos probalísticos analisados", ressaltou Nascimento.
Histórico - Conforme noticiado, o Rio Paraguai atingiu o maior nível nos últimos cinco anos no mês de junho. A última vez que alcançou algo semelhante foi em 2019, com nível máximo de 3,92 metros no mês de julho. No ano seguinte, não passou dos 2,10 metros e, em 2021, registrou até 2,94 metros
Desde janeiro, o nível do afluente voltou a subir e, em meados de abril, passou dos 3 metros. No acumulado semestral, o rio subiu cerca de 3,70 metros em 2023. Segundo o pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Roberto Padovani, o regime de chuvas intensas é o que determina a alta, considerada histórica.
“Este ano, as chuvas atrasaram bastante; então, outubro, novembro e dezembro quase não choveu; começou, e muito, em janeiro, fevereiro, março e até abril”, disse o pesquisador à época.
Maior marca - De acordo com o Boletim de Alerta Hidrológico publicado pelo SGB-CPRM (Serviço Geológico do Brasil), a última supercheia aconteceu em maio de 1905, quando os índices superaram a marca de 6,62 metros.
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