Sobrevivente do “Pantanal em chamas”, onça volta a caçar e anda 8 km por noite
O felino macho, de aproximadamente dois anos, é monitorado por coleira com GPS
Sete meses depois de ser solta no Pantanal, a onça-pintada sobrevivente dos incêndios do ano passado, é protagonista de notícias positivas: está em boas condições, caçando, nadando e andando, em média, oito quilômetros por noite.
O felino macho, de aproximadamente dois anos, é monitorado por coleira com GPS, que monitora o deslocamento do animal pela Serra do Amolar, onde foi solto em 21 de janeiro deste ano.
A evolução da onça é acompanhada pelo médico-veterinário do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Lucas Cazati. O profissional foi o responsável pelo tratamento do animal, após ele ser resgatado com queimaduras nas patas e um projétil no tórax. O resgate foi em novembro de 2020.
Lucas conta da satisfação de saber que a onça se adaptou novamente ao seu habitat, que está sadia, viva e, provavelmente, se reproduzindo. “É uma sensação de dever cumprido em saber que toda nossa dedicação no seu tratamento teve resultado efetivo”, afirma o veterinário, em entrevista ao site de notícias do governo.
Até o momento, a região por onde a onça circula, não registra focos de incêndio.
As informações colhidas do GPS mostram o que o animal fez no dia anterior e o sinal (VHF) emite a sua localização e distância em tempo real. Ao todo, são 24 informações diárias do animal.
Nos primeiros dias, após seu retorno à natureza, a onça caçou uma capivara, se deslocou de forma ativa e atravessou o rio a nado, mostrando adaptação à natureza.