Tamanduá-bandeira albino 'Alvinho' surpreende ao ser visto com pelagem escura
Registro foi feito na semana passada, pelos biólogos que monitoram o dia-a-dia de Alvinho no Cerrado de MS
Alvinho, único tamanduá-bandeira albino monitorado no mundo, surpreendeu pesquisadores ao ser encontrado na semana passada com a pelagem escura. Conforme publicação do Projeto Bandeiras e Rodovias, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), o animal está bem e com o colar de rastreamento devidamente posicionado.
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Alvinho, o único tamanduá-bandeira albino do mundo, surpreendeu pesquisadores ao ser encontrado com pelagem escura em Três Lagoas, MS. O Projeto Bandeiras e Rodovias, do ICAS, monitora Alvinho desde 2022, e a mudança de cor é atribuída ao contato com o solo, melhorando sua camuflagem. O animal, que usa um colar de rastreamento, está saudável e é um dos mais raros do Cerrado brasileiro. A equipe de biólogos e veterinários desenvolveu um colete confortável para não interferir na vida do tamanduá.
A médica veterinária Grazielle Soresini e o biólogo Rodrigo Falcão visitaram Alvinho na área de mata do Cerrado, em Três Lagoas, a 320 quilômetros de Campo Grande. "O mais marcante foi encontrá-lo com a pelagem muito escura, quase marrom", descreve a publicação.
Quando Alvinho foi encontrado pela primeira vez, os pesquisadores questionaram se a coloração clara dificultaria sua camuflagem, tornando-o uma presa mais vulnerável.
"Com o tempo, percebemos que, por ele dormir diretamente no chão, sua pelagem escurece gradualmente, tornando a camuflagem ainda mais eficiente. Alvinho é um tamanduá único, diferente dos outros, que nos encanta cada vez mais", finaliza o texto do projeto.
No penúltimo avistamento de Alvinho, a pelagem dele estava clara, como conhecemos. Conforme a publicação do projeto, ele aparentava estar saudável, e o colar de monitoramento está bem posicionado, e por isso, não foi necessário realizar a captura do bichinho. No dia deste avistamento, acontecia o monitoramento de rotina do tamanduá, que é estudado desde 2022 pelos pesquisadores do projeto.
"Quando a nossa equipe vai atrás do Alvinho para o monitoramento de rotina, não é sempre que o encontramos num pasto aberto, o que facilita o avistamento. Às vezes o encontramos numa reserva de floresta bem fechada, o que dificulta bastante nossa aproximação", explicou a publicação.
Alvinho é o único tamanduá-bandeira albino monitorado no mundo, e é considerado um dos animais mais raros do Cerrado brasileiro. O animal passou por troca do colar de monitoramento em novembro do ano passado. O novo colete, com radiotransmissor, foi substituído devido à iminência de esgotamento de bateria do antigo dispositivo.
Ao longo dos anos, equipe de biólogos e veterinários trabalharam para criar o colete que não interfira na vida dos tamanduás, garantindo que o equipamento esteja confortável enquanto Alvinho se desenvolve.
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