“Tudo rasinho”: seca no Rio Dourados leva desolação a pescadores
Apesar da estação chuvosa, corpo hídrico permanece na cota de estiagem
RESUMO
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O Rio Dourados, em Fátima do Sul, sofre com a seca, mesmo após fortes chuvas que causam enchentes temporárias. Um pescador registrou a situação crítica do rio, que seca rapidamente após as chuvas, expondo grandes áreas de pedras. Apesar das chuvas recentes, o rio permanece em cota de estiagem, conforme boletim do Imasul, refletindo a seca que afetou Mato Grosso do Sul em 2024. A piracema, crucial para a reprodução dos peixes, é ameaçada pela falta de água, impactando a pesca, proibida até 28 de fevereiro.
O Rio Dourados, em Fátima do Sul, até enche com a chuva forte, mas dias depois, volta a secar, correndo bem distante da margem , onde o barranco tem dois metros.
A situação foi gravada na tarde de ontem (dia 31) pelo pescador Eduardo Barros de Alencar e encaminhada ao Campo Grande News.
“Hoje dia 31 de dezembro de 2024. Sou pescador da Colônia Z10 de Fátima do Sul. Essa é a realidade do nosso Rio Dourados. Cada dia que passa, secando mais. Com essas manchas de pedras aparecendo
O corpo hídrico nasce em Antônio João, atravessa os municípios de Dourados e Fátima do Sul, e desemboca no rio Ivinhema, na região de Deodápolis. O Rio Dourados fica na Bacia do Rio Paraná. E não é por falta de chuva não. Choveu bastante. O rio enche num dia, mas depois de três, quatro dias, já está nessa situação”.
Boletim divulgado em 27 de dezembro pela Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), que monitora o nível de rios do Estado, mostra que o Dourado está na cota de estiagem.
O ano de 2024 foi marcado pela seca dos rios em Mato Grosso do Sul. Situação que tem expectativa de ser revertida com o verão, a estação mais chuvosa e que termina em março. Até fevereiro, é período de defeso, quando acontece a reprodução dos peixes. A pesca fica proibida até 28 de fevereiro.
Mas, o sucesso da piracema depende das águas. O start biológico dos peixes acontece com o aumento do volume dos rios e da turbidez, além da diminuição da temperatura da água. São sinais de que o ambiente está favorável para a reprodução.
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