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Não é para qualquer um: veja se o seu cão pode ser "bombeiro herói"

Animal precisa ser dócil e minimamente adestrado para participar do projeto que usa pets como terapia

Por Natália Olliver | 15/01/2025 19:00
Não é para qualquer um: veja se o seu cão pode ser "bombeiro herói"
Kauê, segundo cão voluntário do projeto, que atuou por 14 anos antes de se aposentar da função (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Calmos, sociáveis e minimamente adestrados, esses são alguns dos pré-requisitos para que um cachorro se torne 'herói' com o Corpo de Bombeiros e faça parte do projeto terapia com cães, desenvolvido em em asilos, creches e hospitais. O objetivo é ajudar a melhorar a qualidade de vida ou a recuperação de pessoas com deficiência e necessidades específicas. Mas afinal qualquer um pode ser um ""Cão Herói, Cão Amigo"?

O sargento e responsável pelo canil do Corpo de Bombeiros, Thiago Kalunga, explica que não. Existem critérios estabelecidos. Além dos já citados, o dono precisa ter disponibilidade e flexibilidade na rotina, pois as visitas nos hospitais acontecem em horários comercial. O diferencial é que tanto o cachorro quanto o tutor podem fazer parte da iniciativa.

“A pessoa irá se doar em prol da sociedade na arte do voluntariado. Quando acionada, ela com seu veículo próprio leva o cão até determinados locais onde o atendimento será feito. Além disso o cão necessita  ter entre 1 e 5 anos, ser dócil, sociável, gostar de interagir com outros cães e pessoas. Em hipótese alguma um cão não sociável, com temperamento agressivo pode fazer parte".

Não é para qualquer um: veja se o seu cão pode ser "bombeiro herói"
Objetivo não é que os cães ganhem fama, mas que ajudem na sociedade. (Foto: Divulgação/CBM)
Não é para qualquer um: veja se o seu cão pode ser "bombeiro herói"
Projeto promove terapia assistida com cães para pacientes com autismo, paralisia e outras necessidades ( Foto: Edemir Rodrigues.)

Para fazer parte do time, os cães passam por uma seleção que vai verificar se o perfil do animal é mesmo compatível com as atividades que ele vai desempenhar, no caso, aguentar puxões de orelha, de rabo e carinhos excessivos. Por isso a necessidade dele conseguir atender comandos básicos como o “senta, deixa, fica”, agir assim que for chamado e passear tranquilo (sem ficar puxando a guia).

De acordo com Thiago não há uma raça específica para o trabalho. “O projeto tem e já teve cães de diversas raças, inclusive os Sem Raça Definida (vira-latas). Mas observamos que a maioria dos cães utilizados e que atende bem a todos os requisitos são os da raça golden retriever”.

Não é para qualquer um: veja se o seu cão pode ser "bombeiro herói"
Goldens são a raça que mais preenche os pré-requisitos para ser voluntário no projeto (Foto: Canil Corpo de Bombeiros)

Como participar?

O sargento explica que anualmente o Canil do Corpo de Bombeiros seleciona alguns tutores e cães para que possam fazer o voluntariado. A escolha é feita baseada nos pré-requisitos já comentados e na seleção presencial.

Se o dono acredita que o pet cumpre com as exigências e se encaixa no perfil pode entrar em contato através do direct do canil no instagram: @canilbombeirosms e prrencher um formulário. “Assim a gente já vai filtrando melhor e evita o risco de curiosos. Envia o link de cadastro para aqueles que realmente possam se encaixar no perfil”, pontua Thiago.

Ele explica que muitas pessoas procuram o projeto por “mídia ou fama com os cachorros” e que por isso acabam não divulgando muito para sociedade.

‘“Existem muitas pessoas que acreditam que a gente adestra o cão ou que a gente pega o cão dela pra fazer atividades. Também tem pessoas que acham que só porque o cão é bonito pode colocar no Bombeiro. O voluntariado é algo sério, mas nem todos são capazes de exercer. Normalmente são indicações de voluntários, são pessoas que procuram a gente".

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