Capital tem fenômeno de bancos cooperativos, mas setor ainda pode crescer muito
O modelo de cooperativas aposta na confiança e distribuição de riquezas para crescer na economia do Estado
RESUMO
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Campo Grande se destaca como a cidade brasileira com maior número de agências bancárias cooperativas, totalizando 42 unidades e 150 mil associados. O crescimento de instituições como Sicoob e Sicredi é visível tanto em áreas nobres quanto em bairros da capital. Segundo Celso Ramos Regis, presidente de uma Cooperativa Sicredi e da OCB/MS, o diferencial do modelo está na distribuição dos lucros entre os associados. O sistema cooperativo em MS é forte principalmente no setor rural, com destaque para armazenamento de grãos. O estado busca atrair mais cooperativas e diversificar a produção, visando o desenvolvimento agroindustrial em vez da simples exportação de commodities.
A pessoa mais observadora deve ter percebido como Campo Grande conta com um número crescente de agências bancárias do sistema cooperativo - como Sicoob e Sicredi - distribuídas em pontos centrais, áreas nobres e também em bairros. É a Capital com o maior número desse tipo de agência, 42, contando com 150 mil participantes, que são cooperados e não apenas correntistas, como na rede bancária comum.
A relevância do modelo cooperativo, as possibilidades de crescimento no Estado, a distribuição de lucros são alguns dos temas que o presidente de uma Cooperativa Sicredi e da OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras em MS), Celso Ramos Regis, falou em entrevista ao podcast Na Íntegra.
Ele ingressou nessa área por meio da primeira cooperativa bancária do estado, formada por servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), criada em 1988, quando elas eram obrigadas a ser segmentadas. Hoje qualquer pessoa pode entrar em uma agência, participar com um valor e se associar.
Para Regis, a ampliação do modelo na Capital deve-se à divulgação e aos resultados que oferece, uma vez que não colhe lucros, mas os compartilha com os associados. O Observatório do Cooperativismo da UFMS está avaliando essa expansão.
O cooperativismo pode se estruturar em sete ramos, que são créditos, saúde, infraestrutura, transporte, trabalho e serviços, consumo e agro. O presidente da OCB aponta que as duas bases do modelo são o econômico, que busca sucesso financeiro dos associados, e social, com o compartilhamento da riqueza conforme cada integrante produziu.
É preciso ganhar dinheiro para fazer o social
Nos setores produtivos, Mato Grosso do Sul tem uma presença forte de cooperativas nas atividades rurais, com destaque para o armazenamento de grãos. Esta semana, o governador Eduardo Riedel foi a evento do setor em Cascavel (PR) para tentar atrair mais cooperativas. Regis também participou. Ele defende que é preciso diversificar a produção primária para atrair agroindústrias e investir no processamento, em vez de exportar as commodities.
Queremos mais agroindústrias. MS é centralizado e tem a logística sendo trabalhada para oferecer