PT aprova nome do presidente da Cassems para o Senado como plano B
Defendida em discursos acalorados e aclamada pelo partido neste sábado, a pré-candidatura própria do PT ao Senado é vista como um plano B. Com prazo regimental para definir um nome até hoje, o indicado foi o presidente da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache.
No entanto, o senador Delcídio Amaral, pré-candidato do PT ao governo, afirmou que o projeto só decola se o presidente da Fiems, Sérgio Longen (PTB), recusar a vaga.
“Se o Sérgio não aceitar, o PT lança o Ayache. Vamos honrar o que nós combinamos com eles [PTB)”, declarou o senador, após o encerramento do Encontro Estadual de Tática Eleitoral 2014, realizado na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
A postura foi reforçada pelo presidente estadual do PT, Paulo Duarte. “Votamos o indicativo, mas não fecha o diálogo com outros partidos”.
Em caso de candidatura, Ayache deve sair do comando da Cassems até 4 de junho, por exigência das normas eleitorais. “Vamos trabalhar para que fique dentro do PT”, afirmou Ayache sobre a candidatura. No entanto, sinalizou que vai esperar o desfecho da negociação com o PTB. “Toda discussão política passa por um período de muita amarração, conversa”, disse.
O plano inicial dos petistas era encampar a candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Senado, mas a aliança foi vetada pela direção nacional dos dois partidos.
Sobre a vice, Delcídio afirmou que a vaga fica com o PR ou PDT. No entanto, não antecipou os nomes. Questionado sobre a possibilidade de ter o deputado Londres Machado (PR) como vice, o senador salientou que o nome traz experiência e uma grande história.
Chapão– O PT ruma para as eleições com nove pré-candidatos a deputado federal e 30 para deputado estadual. Antônio Carlos Biffi e Vander Loubet disputarão a reeleição. Zeca do PT, ex-governador e atual vereador, também é pré-candidato a uma cadeira na Câmara Federal.
Segundo Delcídio, a expectativa é que a coligação, incluindo todos os aliados, eleja 12 deputados estaduais. Para deputado federal, será lançado um “chapão”, com objetivo de eleger quatro candidatos.
No discurso ao público, o pré-candidato ao governo cobrou empenho para eleger maioria na Assembleia Legislativa. “Temos que ter a maior bancada, já vimos o que aconteceu em campo Grande. O Executivo tem o voto popular, mas não teve maioria no Legislativo. Mas conosco não, não vamos aceitar essa conversa”, disse, em clara alusão à cassação de Alcides Bernal (PP).