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Política

Acredito que povo vai acertar na próxima eleição na Capital, alfineta Puccinelli

Antônio Marques | 10/06/2015 10:52
Acredito que povo vai acertar na próxima eleição na Capital, alfineta Puccinelli

O ex-governador André Puccinelli voltou a afirmar que não será candidato a prefeito de Campo Grande em 2016 e disse acreditar que “o povo vai acertar na próxima eleição”, ao se referir ao resultado das ultimas eleições na Capital. Durante entrevista no programa Tribuna Livre da Rádio Capital FM, ele disse que é soldado do PMDB e que recebeu só pepinos pra resolver, citando o fato de ter que acertar o time para as disputas em Dourados, Corumbá, Ponta Porã e em Campo Grande.

Para Puccinelli, o politico tem que seguir o que o povo diz e não pode ser apenas personalista, como ocorre muito atualmente. “Não existe fidelidade partidária. A pessoa troca de partido como trocasse de camisa. Isso não poder acontecer”, ressaltou.

Segundo ele, que é defensor do voto facultativo, a classe politica é reflexo do que a sociedade elegeu. “Tem bons políticos e maus políticos em todos os partidos. Tem contrabandista no Congresso Nacional, ainda bem que é só um”, declarou Puccinelli. Para ele, o político deveria ter a mesma paixão pelo partido como tem pelo time de futebol, mas para isso deveria seguir aquilo que está no estatuto do partido. “Afinal o político deve entender que o mandato é do partido e se ele fizer algo errado deveria perdê-lo.”

Governo Dilma – Puccinelli disse que enquanto esteve no governo de Mato Grosso do Sul sempre foi agradecido a presidente Dilma porque graças a ela, o Estado voltou a conseguir recursos para fazer investimentos em logística e infraestrutura. “Peguei um Estado endividado e sem condições de obter novos financiamentos e revertemos essa condição com a ajuda da presidente Dilma. Fui e sou agradecido a presidente Dilma pelo que ela fez por Mato Grosso do Sul”, declarou.

O ex-governador disse que pegou o Estado com comprometimento de 181% da Receita Corrente Líquida por conta de dívidas e quando deixou o Executivo esse número baixou para 89% do comprometimento. “O governo atual pegou o Estado redondinho”, garantiu ele. Lembrou que isso ficou comprovado na publicação do balanço do exercício 2014, em que foi confirmado a presença de R$ 571 milhões nas contas do Estado, diferente que o governo ainda anunciando quando assumiu.

Governo Azambuja - Puccinelli reiterou que não fará avaliação sobre o atual governo antes de completar um ano, tempo que ele admite para tomar conhecimento e acertar o comando. Antes disso seria prematuro, segundo ele. Mas disse esperar que não "batam muita cabeça, como aconteceu recentemente em uma licitação de R$ 15 mil para compra de reagentes para exames de DNA".

Para André, o cancelamento da licitação no seu governo foi algo natural para fim de mandato. E o novo governo teria apenas que reabrir a licitação e “não deram conta de comprar o reagente. Estamos em junho, precisamos trabalhar”, alertou.

Como sempre, Puccinelli não deixou de alfinetar. Contou que repassava um valor complementar para os municípios aplicar na área de saúde, só para aqueles que pediam. Dentre eles, Dourados, que o secretário da pasta, Sebastião Nogueira, que seria seu amigo, “um chorão”, recebia R$ 500 mil mensais. Na semana passada, quando esteve em Dourados, o ex-governador disse que encontrou o Sebastião e questionou como estava o novo governo. “Seu governo na saúde era ruim, mas esse é muito pior. Não dá nada pra nós”, teria respondido o secretário de saúde a André.

Campo GrandeAndré Puccinelli voltou a afirmar que não será candidato a prefeito da Capital e teria pedido para retirar seu nome da pesquisa que seu partido realiza para identificar os nomes mais aceitos pelo povo. Ressaltou que não existe grupo do “eu sozinho” e sim do partido. “Infelizmente o pessoal não tem agido pensando no partido e sim no eu. Deveriam pensar mais nos partidos”, reclamou, acrescentando que o mandato é do partido e que os políticos precisam respeitar a fidelidade partidária.

Para ele, se o PMDB não conseguir fazer o prefeito de Campo Grande não será de todo um desastre. Mas reiterou que partido tem bons nomes para a disputa, como os deputados estaduais Marcos Trad, Antonieta Amorim, Junior Mocchi; o deputado federal Carlos Marum, os vereadores Carla Stephanini, Paulo Siufi, Mário Cesar; até os senadores Valdemir Moka e Simone Tebet.

Questionado sobre a atual situação do governo municipal em Campo Grande, o ex-governador e prefeito por 8 anos na Capital, foi categórico na resposta. “Fico dando risada, com tristeza, pois apresentamos um candidato muito melhor, que foi o (Edson) Girotto”. Para Puccinelli, o então candidato Reinaldo Azambuja, que ficou em terceiro lugar na disputa, seria melhor que Alcides Bernal. “O (Marcelo) Bluma (PV) e o Vander (PT) eram melhor que o Bernal. O povo vai aceitar na próxima eleição”, declarou.

André Puccinelli disse que gravou seis programas de um minuto cada para o partido, que deve ir ao ar nas TVs, e enfatizou que os partidos e o povo devem seguir pensando nos valores que regem o universo, a honestidade e competência. “Falar bonitinho não adianta. O povo entrou no lero lero”, afirmou ao se referir ao resultado da última eleição para prefeito de Campo Grande.

O ex-governador revelou que tem os sigilos abertos desde 1997, quando assumiu a prefeitura de Campo Grande, em seu primeiro mandato. Segundo ele, as contas bancárias, os telefones, do imposto de rende e declaração de produtor estão abertas as autoridades, como forma de transparecia em sua vida pública. “Quem dos políticos aqui tem isso aberto”, questionou. Ainda garantiu que todos os integrantes de cargos em comissão no seu governo apresentou todas as certidões negativas nos órgãos competentes para poderem assumir seus cargos.

Dourados – O ex-governador disse que os todos são companheiros, mas todos têm o direito a sonhar. E esteve conversando com os partidários e percebeu que os argumentos de cada liderança lá são próprios e que será difícil manter todos no PMDB. “Temos os cinco melhores nomes conforme as pesquisas eleitorais para disputar a prefeitura da cidade. É muito craque junto e não vamos conseguir segurar todos no time”, admitiu.

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