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Política

Afogada em papéis, CPI das Contas não deve concluir investigação no prazo

Lidiane Kober e Juliana Brum | 29/06/2015 15:54
Presidente da CPI admite necessidade de esticar CPI por mais 30 dias (Foto: Divulgação/assessoria/Câmara)
Presidente da CPI admite necessidade de esticar CPI por mais 30 dias (Foto: Divulgação/assessoria/Câmara)

Afogada em mais de 200 mil cópias de documentos, a CPI das Contas Públicas, instalada na Câmara Municipal, completa 60 dias sem muitas conclusões e admite não terminar a investigação no prazo. O plano é pedir prorrogação e integrantes também falam em mutirão para dar conta do recado.

Instalada em 5 de maio, a comissão decidiu investigar três gestões, entre janeiro de 2011 e abril de 2015. A meta era ouvir gente de todas os governos, mas, até, agora, três gestores foram interrogados. É o casos dos secretários de Saúde, Jamal Salem; Administração, Wilson do Prado, que também foi ouvido pela pasta da Educação e o diretor-presidente da Funsat, Cícero Ávila.

Nesta segunda-feira (29), ocorre o depoimento do diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), José Eduardo Amancio da Mota, o Madrugada. Daqui uma semana, será a vez de ouvir a diretora-presidente do IMPCG (Instituto Municipal Previdência de Campo Grande), Lilliam Maria Maksoud Gonçalves.

A quase 30 dias do fim, os integrantes evitam falar sobre o que apuraram nas oitivas e na análise das mais de 200 mil cópias de documentos. “Não podemos antecipar nada antes de gerar a conclusão do relatório”, ponderou o presidente da CPI, vereador Eduardo Romero (PTdoB).

Relator da comissão, Airton Saraiva (DEM) nem começou o relatório. Ele espera ajuda de empresa de consultoria, que ainda nem sequer foi contratada.

Questionados sobre o desafio de fechar os trabalhos daqui a 30 dias, eles admitem precisar de mais tempo. A decisão é o caminho na opinião do presidente, do relator e do integrante, Paulo Pedra (PDT). Pelo regimento da Câmara Municipal, a prorrogação é possível por mais 30 dias.

Mesmo assim, Paulo Pedra vê a necessidade de “acelerar” os trabalhos. “Já propus e vou propor de novo para acelerar, para ter mais oitivas e mais reuniões por semana”, disse.

A CPI foi instalada com a missão de entender a crise financeira que a Prefeitura de Campo Grande passa. Neste sentido, foram solicitados balanços financeiros de todas as pastas no período de 2011 a abril deste ano.

Perdidos em meio a números e mais números, os vereadores decidiram contratar empresa especializada e composta por contadores e advogados. Até agora, no entanto, não fecharam contrato com ninguém.

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