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Política

CPI coloca dedo em feridas e promete desvendar números misteriosos

Lidiane Kober | 11/05/2015 17:43
Presidente frisou que lista de documentos foi feita para desvendar pontos mais sensíveis da arrecadação (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente frisou que lista de documentos foi feita para desvendar pontos mais sensíveis da arrecadação (Foto: Marcos Ermínio)
Relator acredita que com números misteriosos será possível entender porque as contas foram abaladas (Foto: Marcos Ermínio)
Relator acredita que com números misteriosos será possível entender porque as contas foram abaladas (Foto: Marcos Ermínio)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Contas Públicas promete colocar o “dedo em muitas feridas” e desvendar números que há muito tempo são mistério em Campo Grande. Em discussão, assuntos polêmicos como despesas em operações tapa-buraco e a arrecadação milionária com a Cosip (Contribuição da Custeiro de Iluminação Pública).

“Temos que ter o levantamento completo da saúde financeira da prefeitura para desvendar o motivo do comprometimento que chegou hoje, com cortes em saúde e educação”, explicou o vereador Airton Saraiva (DEM), relator da comissão.

Neste sentido, a lista de documentos, solicitados pela CPI, inclui arrecadação com Cosip, gastos com tapa-buraco, cascalhamento, publicidade, aluguel de carros e contratação de comissionados.

Presidente da CPI, o vereador Eduardo Romero (PTdoB) frisou que a lista de documentos foi feita justamente para ter acesso aos “pontos mais sensíveis” da arrecadação. “Para entender o que está acontecendo precisamos transitar em todos os setores”, ressaltou.

Escolhido hoje (11) como vice-presidente, o vereador Paulo Pedra (PDT), reforçou a intenção de a CPI colocar o “dedo na ferida” e saber exatamente como a prefeitura está aplicando a receita. “Nunca ninguém disse direito quanto a Cosip rende aos cofres públicos, só eu pago mais de R$ 100 com a contribuição”, comentou.

Aumento – Outro ponto que a CPI promete desvendar é se o aumento que o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) aprovou, no fim do seu mandato, aos professores abalou realmente as contas da prefeitura, como a atual gestão alega. “Eles reclamam que o reajuste inviabilizou a administração, mas o (Alcides) Bernal não reclamou e, no seu governo, deu o aumento”, ponderou Paulo Pedra.

Romero ainda frisou que nenhum projeto de reajuste passou pela Câmara sem estudo de impacto financeiro. “O estudo do aumento aos professores, inclusive, foi feito por gente que hoje está no governo do prefeito”, comentou a vereadora Thais Helena (PT).

Também estará na mira da CPI os motivos de o prefeito não ter recorrido e pedido impugnação do índice de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 21,5851, definido pelo Governo do Estado em 2014 para ser pago neste ano. O percentual é um dos menores da história de Campo Grande.

"Com esses dados, esperamos apresentar soluções imediatas para impedir cortes em serviços essenciais", destacou Thais Helena. "As pessoas não podem pagar por eventuais omissões dos gestores", completou.

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