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Política

AGU pede bloqueio de bens de 2 empresários de MS por financiar atos em Brasília

Empresários de Maracaju e Três Lagoas estão na lista

Jéssica Benitez | 12/01/2023 15:33



A AGU (Advocacia Geral da União) pediu na tarde desta quinta-feira (12) o bloqueio de bens de 52 pessoas físicas e 7 jurídicas, suspeitas de financiar os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no último domingo (8), confira todos os nomes aqui. O total chega a R$ 6,5 milhões e na lista constam dois sul-mato-grossenses, sendo um empresário de Maracaju e uma comerciante de Três Lagoas.

De acordo com o órgão, o grupo é responsável por pagar fretamento de ônibus para levar pessoas até a Capital Federal com intuito de inflar atos de vandalismo que culminaram em destruição do patrimônio público nos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

Solange Zanini e Adoito Coronel podem ter bens bloqueados (Fotos Redes Sociais)
Solange Zanini e Adoito Coronel podem ter bens bloqueados (Fotos Redes Sociais)

Dono de uma franquia de material de construção em Maracaju, Adoilto Fernandes Coronel está entre os possíveis financiadores. A reportagem tentou contato com ele, mas não obteve sucesso. Residente em Três Lagoas, Solange Zanini também está entre os que teriam arcado com despesas dos bolsonaristas. Ela inclusive esteve em Brasília no último fim de semana.

Na manhã desta quinta-feira a comerciante publicou vídeo no Facebook dizendo que, ao contrário do que muitos estavam dizendo, ela não está presa. O intuito da gravação, segundo ela, era provar que está em casa.

“Para os amigos e familiares preocupados com todos que foram pra Brasília, estamos todos em casa desde terça-feira. Ontem à tarde que peguei o telefone, ok? Obrigada a todos pelo carinho e preocupações”, explicou na postagem.

No vídeo, Solange se desculpa pelo “transtorno e preocupação” que causou pelo sumiço e explicou que como apreenderam seu celular, bem como os aparelhos das pessoas que residem em Três Lagoas e estavam junto dela, não foi possível informar que estava tudo bem. “Mas eles (policiais) averiguaram e viram que não tinha nada de errado com a gente e nós viemos embora”, disse.

“Fomos numa viagem tranquila e voltamos tranquilos. Fomos passear, conhecemos Brasília, fomos no shopping e comemos, tudo muito ótimo. Passamos por outlet, fomos fazer um tour inclusive para passear, nós não fomos lá fazer baderneira não”, finaliza.

Pedido – De acordo com a AGU, o valor de R$ 6,5 milhões é inicial com base na estimativa do que foi depredado, mas deve aumentar, já que são estimados R$ 3,5 milhões por prejuízo no Senado e R$ 3 milhões na Câmara dos Deputados. A soma não inclui os danos causados nas dependências do Palácio do Planalto e STF.

Entre os bens que podem ser bloqueados estão imóveis, veículos e quantias em contas correntes. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) auxiliou a União a elaborar a lista de nomes, incluindo apenas aqueles que contrataram os ônibus que acabaram apreendidos por transportar pessoas que participaram dos atos.

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