Ainda sem nome ou número, PTB e Patriota batem o martelo e fecham fusão
União ainda deve passar pelo crivo da Justiça Eleitoral
A cúpula do PTB decidiu na tarde desta quarta-feira (26) aprovar fusão com o Patriota. As siglas foram obrigadas a selar união porque não conseguiram atender exigências da cláusula de barreira, fato que impede partidos pequenos de receberem recursos financeiros e tempo de propaganda eleitoral.
Ainda não há detalhes sobre a fusão como qual será o nome ou número da nova legenda. O Patriota deve se reunir até o fim do dia para também aprovar a reformulação. Depois, cabe ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisar se o ato atende a todos os requisitos.
Em Mato Grosso do Sul, o Patriota, que lançou candidaturas apenas à Assembleia Legislativa, reelegeu o deputado estadual e presidente regional do partido, Lídio Lopes. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, também faz parte da sigla.
Já o PTB não conseguiu alavancar nenhum nome. Em todo o Brasil elegeu apenas um deputado pelo Rio de Janeiro. Ao Campo Grande News o presidente do PTB sul-mato-grossense, ex-senador Delcídio do Amaral, informou que está em Brasília participando das reuniões sobre a nova composição.
Cenário – Após os últimos acontecimentos, a direção nacional do Patriota exigiu que o ex-deputado Roberto Jefferson não tenha nenhum cargo na executiva do novo partido, nem presida diretório estadual. Os comandos regionais, inclusive, tendem a ficar com Patriotas, pois são maioria entre deputados eleitos se comparado ao atual quadro do PTB.
Fatos - No último domingo (23) policiais federais foram até à casa de Roberto Jefferson, após revogação de sua prisão domiciliar. O ex-parlamentar recebeu os agentes a tiros e acabou ferindo dois deles. Também lançou duas granadas contra a equipe policial.
Após oito horas de negociação, ele acabou cedendo e voltou ao regime fechado. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Superior Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, foi o responsável pela revogação do benefício. A decisão teve como base em "notórios e públicos descumprimentos" de decisões judiciais.
Conforme Moraes, ficou demonstrada repetidas violações e inadequações de medidas cautelares. O estopim teria sido vídeo publicado em redes sociais no qual Jefferson profere vários xingamentos à ministra do STF, Cármen Lúcia.