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Política

Candidata teve custo de voto de até R$ 913 em MS; veja os maiores

Campanhas podem ser financiadas por dinheiro público, dos fundos Eleitoral e Partidário

Guilherme Correia e Gabriel de Matos | 04/10/2022 13:07
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Candidatos têm direito aos fundos Eleitoral e Partidário para custear campanhas, conforme regras da Justiça Eleitoral. (Foto: TSE)
Candidatos têm direito aos fundos Eleitoral e Partidário para custear campanhas, conforme regras da Justiça Eleitoral. (Foto: TSE)

O custo de voto mais caro em Mato Grosso do Sul, entre os candidatos a deputados federais e estaduais, foi de R$ 913,58, nestas eleições. A candidata Ébner Soares Casimiro (PV), que se candidatou à Assembleia Legislativa sob o nome de Professora Ébner recebeu R$ 222 mil dos fundos Eleitoral e Partidário e teve 243 votos.

No mesmo ranking, de deputados estaduais, a Pastora Maria Baeve (Republicanos) teve R$ 742,57 por voto. Ela recebeu R$ 75 mil e ganhou 69 votos. Os dados foram levantados pela reportagem do Campo Grande News, com base em informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Em seguida, Fernando Nantes (PSDB) recebeu R$ 724,64 por voto. Ele teve montante de R$ 50 mil para custeio da campanha e ganhou 69 votos. Ideales Seben (PTB) recebeu R$ 694,44 por voto - 18 eleitores e R$ 12,5 mil. Leda Brum (Podemos) fecha lista dos cinco votos mais caros entre candidatos a este cargo. Foram R$ 593,22 por voto - 59 votos e R$ 35 mil.

Já as menores relações de custo-voto foram do professor André Luis (Rede) que teve 3.120 votos e recebeu R$ 8 mil de fundo público pela campanha, seguido por Teixeira Escobar (PL), com R$ 3,53 por voto, Tenente Nantes (PL), com R$ 4,12 por voto, Adriano Garcia (PL), com R$ 4,38 por voto e Paulo Corrêa que foi eleito com R$ 5,08 por voto.

Ao todo, 107 candidatos não têm declaração de recebimento de fundos eleitorais ou partidários nestas eleições. Entre eles, Lídio Lopes (Patriota) foi eleito com 32.412 votos e não teve recebimento de tais fundos. No entanto, recebeu R$ 313,5 mil de doações de pessoas físicas e R$ 50 mil de doação própria. Por outro lado, Suelen Souza (Agir) teve apenas um voto e também não recebeu dinheiro público.

Veja a lista completa dos deputados estaduais eleitos:

  • A candidata Lia Nogueira (PSDB) teve média de R$ 69,28 por voto. Ela recebeu R$ 1.050.000 e teve 15.155 votos.
  • O candidato Rinaldo Modesto (Podemos) teve média de R$ 39,06 por voto. Ele recebeu R$ 500 mil e teve 12,8 mil votos.
  • O candidato Amarildo Cruz (PT) teve média de R$ 29,24 por voto. Ele recebeu R$ 504.478 e teve 17.249 votos.
  • O candidato Jamilson Name  (PSDB) teve média de R$ 23,02 por voto. Ele recebeu R$ 1 milhão e teve 43.435 votos.
  • O candidato Pedrossian Neto (PSD) teve média de R$ 22,69 por voto. Ele recebeu R$ 363 mil e teve 15.994 votos.
  • A candidata Mara Caseiro (PSDB) teve média de R$ 22,21 por voto. Ela recebeu R$ R$ 1,1 milhão e teve 49.512 votos.
  • O candidato Caravina (PSDB) teve média de R$ 20,40 por voto. Ele recebeu R$ 651.950 e teve 31.952 votos.
  • O candidato Renato Câmara (MDB) teve média de R$ 19,71 por voto. Ele recebeu R$ 350 mil e teve 17756 votos.
  • O candidato Zé Teixeira (PSDB)  teve média de R$ 18,95 por voto. Ele recebeu 745.
  • 450 e teve 39329 votos.
  • O candidato Roberto Hashioka (União)  teve média de R$ 18,29 por voto. Ele recebeu R$ 250 mil e teve 13.662 votos.
  • O candidato Neno Razuk (PL) teve média de R$ 17,62 por voto. Ele recebeu R$ 300 mil e teve 17.023 votos
  • O candidato Márcio Fernandes (MDB)  teve média de R$ 15,51 por voto. Ele recebeu R$ 250 mil e teve 16.111 votos.
  • O candidato Pedro Kemp (PT) teve média de R$ 13,47 por voto. Ele recebeu R$ 377 mil e teve 27.969 votos.
  • O candidato Gerson Claro (PP) teve média de R$ 13,15 por voto. Ele recebeu 340000 e teve 25839 votos.
  • O candidato João Henrique (PL) teve média de R$ 11,57 por voto. Ele recebeu R$ 300 mil e teve 25.914 votos.
  • O candidato Junior Mochi (MDB) teve média de R$ 11,49 por voto. Ele recebeu R$ 300 mil e teve 26.108 votos.
  • O candidato Antonio Vaz (Republicanos) teve média de R$ 10,3 por voto. Ele recebeu R$ 200 mil e teve 19.395 votos.
  • O candidato Coronel David (PL) teve média de R$ 9,52 por voto. Ele recebeu R$ 300 mil e teve 31.480 votos.
  • O candidato Zeca do PT teve média de R$ 8,47 por voto. Ele recebeu R$ 400 mil e teve 47.193 votos.
  • O candidato Londres Machado (PP) teve média de R$ 5,83 por voto. Ele recebeu R$ 150 mil e teve 25.691 votos.
  • O candidato Lucas de Lima (PDT) teve média de R$ 5,64 mil por voto. Ele recebeu R$ 150 mil e teve 26.575 votos.
  • O candidato Paulo Corrêa (PSDB) teve média de R$ 5,08 por voto. Ele recebeu R$ 250 mil e teve 49.184 votos.
  • O candidato Lídio Lopes (Patriota) não recebeu dinheiro dos fundos e teve 32.412 votos.
  • O candidato Rafael Tavares (PRTB) não recebeu dinheiro dos fundos e teve 18.224 votos.

Deputados federais - Mato Grosso do Sul tem oito das 513 vagas no Congresso Nacional para os deputados federais. Os votos mais caros foram para candidatos não eleitos e suplentes, seguindo dados apurados pelo Campo Grande News. A líder da lista foi a candidata Michela Dutra (União) com o custo de votos de R$ 655,67. Ela teve 4.728 votos e recebeu R$ 3,1 milhões de receita pública.

Da Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV), o suplente Eloídio Gama teve o voto custando R$ 519,63. Ele teve 433 votos e recebeu R$ 225 mil do Fundo de Campanha e Partidário. Na sequência, a candidata não eleita, Rosângela do Proceve (Avante) recebeu 278 votos e teve R$ 100 mil, ou seja, R$ 359,71 por voto. Do mesmo partido, Débora Montana teve 308 votos e os mesmos R$ 100 mil. Bem próximas, Montana teve o custo voto de R$ 342,68.

A candidata Keliana Fernandes (PSDB), da Federação PSDB Cidadania está para suplência e recebeu 4.852 votos. Com pouco mais de R$ 1,5 milhão, o custo voto foi de R$ R$ 324,61.

Dos candidatos que não declararam receber do FEFC ou do Fundo Partidário, o candidato que está com a candidatura sub judice, Carlos Bernardo (MDB) teve 31.666 votos. Quem teve custo de voto zero para os fundos públicos e recebeu menos votos foi Senna (Agir) com 26 eleitores.

Levando em conta os que receberam de fundos públicos e tiveram o menor custo por voto, o Dr. Antônio Cruz (MDB) ficou com o custo de R$ 2,42. Foram 12.392 votos e recebeu R$ 30 mil.

Marcos Pollon (PL) foi o deputado mais votado com pouco mais de 103 mil votos. Ele recebeu R$ 500 mil das divisões do partido e o custo voto foi de R$ 4,85. Laudir Manuretto (MDB) não foi eleito e o custo foi de R$ 6,85 por cada um dos 7.297 votos.

Luana Ruiz (PL) está como suplente e teve votação de 24.176 votos para os R$ 200 mil dos fundos públicos. O custo ficou em R$ 8,27. Custando R$ 1 a mais, Dr. Erney Barbosa (PTB) também não foi eleito e recebeu R$ 36,5 mil para os 3.939 votos. Veja lista de eleitos:

  • O candidato Dagoberto Nogueira (PSDB) teve 48.217 votos e R$ 2.275.000 de receita. O custo de voto foi R$ 47,1
  • O candidato Luiz Ovando (PP) teve 45.491 votos e R$ 2 milhões. O custo de voto foi R$ 43,96
  • O candidato Vander Loubet (PT) teve 76.571 votos e R$ 1.801.341,91 de receita. O custo de voto foi R$ 23,53
  • O candidato Geraldo Resende (PSDB) teve 96.519 votos e R$ 1.625.000 de receita. O custo de voto foi R$ 16,84
  • O candidato Beto Pereira (PSDB) teve 97.872 votos e R$ 1.462.500 de receita. O custo de voto foi R$ 14,94
  • A candidata Camila Jara (PT) teve 56.552 votos e R$ 760.105,09 de receita. O custo de voto foi R$ 13,44
  • O candidato Rodolfo Nogueira (PL) teve 41.773 votos e R$ 500 mil de receita. O custo de voto foi R$ 11,97
  • O candidato Marcos Pollon (PL) teve 103.111 votos e R$ 500 mil de receita. O custo de voto foi R$ 4,85
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