Alegando ética partidária, vice Olarte se cala com processo contra Bernal
O vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), preferiu o silêncio diante a decisão da Câmara de instalar, por 21 votos a oito, Comissão Processante que poderá decretar a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).
“Pessoalmente, eu acredito que devo, por uma questão de ética, ficar guardando minha posição. Ainda mais que o prefeito é do mesmo partido que eu. Vou aguardar os poderes decidirem, eles sabem o que deve ser feito”, afirmou Olarte esta tarde, ao ser questionado sobre a abertura do processo.
No começo de agosto, em entrevista ao Campo Grande News, pela primeira vez, Olarte admitiu que havia acusações de irregularidades na gestão do prefeitoAlcides Bernal que o preocupavam bastante. Também deixou clara sua insatisfação de não ter atuação administrativa, considerando que Bernal agiu diferente do que teria sido acertado durante a campanha eleitoral do ano passado.
Nesta terça-feira, Olarte adotou uma postura mais cautelosa. “Se em algum momento os poderes tomarem alguma decisão e eu for chamado para cumprir o mandato no caso de necessidade, eu vou cumprir meu dever”, declarou o vice-prefeito, sucessor direto de Bernal em caso de cassação do mandato.
Evitando opinar sobre a abertura do processo, Gilmar Olarte tenta evitar qualquer tipo de problema ético dentro do PP, o que poderia gerar processo de expulsão. Aliás, hoje, o vereador Cazuza avisou que vai pedir abertura de processo ético contra o colega de bancada, vereador Waldecy Chocolate, em razão deste ter votado a favor da instalação da Comissão Processante.