Alex do PT acusa Mandetta de ser “conivente” e eles trocam acusações
O vereador Alex do PT afirmou que o ex-secretário municipal e deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) foi conivente com a defasagem da área da oncologia e radioterapia da Capital, que resultou nas denúncias da operação Sangue Frio. O deputado rebateu as acusações e disse que a declaração do petista foi repugnante e que ele também foi omisso.
“Não se pode colocar a culpa da situação apenas no governo federal, só não vê quem não quer que houve uma conivência explícita das autoridades que gerou a situação crítica investigada na Operação Sangue Frio”, destacou Alex.
Mandetta além de classificar a declaração como repugnante, afirmou que Alex também foi omisso, pois nunca participou das prestações de contas feitas pela secretária na Câmara Municipal. “O senhor foi conivente também, estou aqui para colocar tudo que passei a frente da secretaria, que é um cargo duro, todos os presidentes boicotaram o SUS, Campo Grande resistiu de forma heróica”, destacou ele.
Alex voltou a afirmar que houve conivência, mas reconheceu que sua análise pode ser prematura já que a CPI ainda não apresentou seu relatório. “Se é prematura posso até concordar, mas não vamos terminar este trabalho em pizza, se não comprovarmos isto estaríamos participando de uma farsa”, enfatizou.
O deputado respondeu que esta análise do vereador era uma conclusão “política” e que já esteve muitas vezes na Câmara para explicar o que era feito na saúde. “É preciso separar o joio do trigo, nós usamos todas as armas possíveis para fazer a fiscalização, não faça conclusões pessoais”, apontou.
A discussão entre os dois foi exaltada, inclusive com pedidos para que o outro parasse de falar para que fosse dada a devida resposta. Alex era vereador quando Mandetta esteve a frente da secretaria de saúde, por isso houve a cobrança sobre sua fiscalização no setor.
Cedido – Quando foi questionado sobre a cedência de Adalberto Siufi pela prefeitura ao Hospital do Câncer, Mandetta afirmou que outros médicos e profissionais também foram cedidos ao Hospital Universitário, Santa Casa e Hospital Regional. “O que importa é se o profissional está cumprindo a carga horária, eu não tenho elementos para acusar, acredito que a CPI tenha mais provas para oferecer”, destacou.