Alex protocola documento pedindo saída de Edil da presidência da Processante
O líder do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal, vereador Marcos Alex (PT), protocolou documento solicitando a destituição do vereador Edil Albuquerque (PMDB) do cargo de presidente da Comissão Processante que pretende cassar o cargo do chefe do Executivo Municipal.
Alex do PT assina o documento como vereador líder do prefeito mesmo estando em situação delicada, uma vez que é suplente da vereadora Thais Helena (PT), que teve o mandato cassado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e ainda aguarda liminar para suspender os efeitos da decisão.
Enquanto suplente, Alex aguarda definição sobre a decisão do Tribunal. Se Thais Helena conseguir liminar que suspende a cassação, Alex volta a ser vereador ou entra como titular da vaga. Atualmente, Thaís ocupa o cargo de secretária municipal de Assistência Social.
No documento, o petista diz que não gostou do fato de Edil ter participado de uma reunião do PMDB cuja orientação foi de cassar o prefeito de Campo Grande.
“Edil fez declarações de que o Bernal seria cassado todo o tempo. Isso nos leva a crer que ele perdeu todo o caráter de magistrado”, disse Alex.
Em resposta, Edil argumentou: “ele é vereador? Ele não tem moral para fazer isso. Se ele é suplente, não tem nada que frequentar a Casa porque não está investido no cargo de vereador”.
Elizeu Dionizio (SDD) criticou a atitude do petista. Ele disse que Alex estaria "jogando para a platéia ao fazer um requerimento sem ter legitimidade, como vereador, para fazê-lo".
Já Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), destacou que o documento não tem validade nenhuma. Edil chegou a questionar se "este prefeito merece essa ira toda", em referência a tentativa de retirá-lo do cargo.
Para o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), a situação gera constrangimento "com a ação que o Alex vem causar hoje na Câmara".
Paulo Siufi (PMDB), saiu em defesa de Edil, ressaltando que a reunião, realizada pelo partido ontem (16), "poupou a isenção de Edil".
Já Luiza Ribeiro (PPS) defendeu Alex ao considerar que ele tem direito a "expressar seu posicionamento político, sem que isso signifique afronta".
O próprio Alex chegou a conversar com Edil para justificar que o pedido "não é pessoal", mas em resposta de atitudes e declarações do peemedebista. Já quando questionado sobre a assinatura do documento, o petista fez questão de corrigi-lo com uma caneta e modificar a petição para constar apenas como "cidadão", reapresententando-o ao setor de protocolo da Câmara.