ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 32º

Política

Alíquota dos servidores não deve ter aumento com reforma na previdência

Posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), quanto a previdência, pode ser tomado como referência para uma reforma municipal

Adriano Fernandes | 03/01/2019 21:27
Prefeito da Capital em entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Arquivo)
Prefeito da Capital em entrevista ao Campo Grande News. (Foto: Arquivo)

A alíquota de contribuição previdenciária dos servidores municipais - que atualmente é de 11% -, pode não ter aumento caso o prefeito Marquinhos Trad (PSD), siga à risca as diretrizes do que prevê a União, quanto ao tema.

Esta noite (03) o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), descartou a possibilidade de aumentar os valores, durante a sua primeira entrevista após tomar posse ao SBT. Ainda hoje, Marquinhos também já havia adiantado que aguardava uma decisão de Bolsonaro, para “seguir a simetria do presidente da República”.

Ou seja, as diretrizes que o presidente adotar, devem ser aplicadas na Capital. Até então, o município estudava a possibilidade de elevar a alíquota dos servidores de 11% para 14% e a patronal de 14% para 20%.

O projeto de reforma do município também incluiria auditoria dos benefícios concedidos, criação da previdência complementar e monetização de ativos para trazer novas receitas. O déficit mensal do município com a previdência é de R$ 10,8 milhões. Este é o dinheiro que a Prefeitura da Capital desembolsa para somar com a quantia arrecadada a título de previdência, para pagar os aposentados.

Idade mínina 

Quanto a previdência, Bolsonaro ainda ressaltou que a proposta de reforma em discussão no governo propôe a idade mínima de 62 anos para os homens e 57 anos para as mulheres com aumento gradativo. A diferenciação visa, conforme Bolsonaro, facilitar a aprovação no Congresso, mas também evitar “injustiça com aqueles que têm expectativa de vida menor”.

Segundo Bolsonaro, seria mais um ano a partir da promulgação e outro em 2022, mas com diferenças de idade mínima de acordo com a categoria profissional e a expectativa de vida.

O presidente voltou a dizer que poderá aproveitar a proposta já em tramitação na Câmara dos Deputados, com alguns ajustes. Segundo Bolsonaro, o governo ainda deve propor a extinção da Justiça do Trabalho, transferindo para a Justiça comum às ações trabalhistas.

“Qual país do mundo que tem? Tem que ser Justiça comum e tem que ter a sucumbência – quem entrou na Justiça e perdeu tem de pagar”, argumentou. Bolsonaro disse que, antes da reforma trabalhista, havia 4 milhões de ações trabalhistas em tramitação. “Ninguém aguenta isso. Nós temos mais ações trabalhistas que o mundo inteiro. Algo está errado, é o excesso de proteção”, afirmou.

O presidente voltou a criticar o excesso de encargos trabalhistas, que acabam onerando a mão de obra no país. Bolsonaro afirmou que não vai mexer em direitos trabalhistas previstos na Constituição, mas que vai aprofundar a reforma trabalhista.

“O Brasil é um país de direitos em excesso, mas falta emprego. Nos Estados Unidos, não têm quase direito trabalhista. Não adianta você ter direitos e não ter emprego”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil***

Nos siga no Google Notícias