Alvo de cassação, vereador preso na Uragano promete denunciar políticos
Alvo de um julgamento que pode resultar em cassação, o vereador afastado de Dourados, Humberto Teixeira Junior (PDT), promete adotar a linha que a melhor defesa é o ataque.
De acordo com o site do jornal Diário MS, ele chegou à Câmara Municipal munido de documentos, recibos e alardeando que vai comprometer políticos importantes em Mato Grosso do Sul.
O vereador foi preso em setembro do ano passado durante a Operação Uragano, realizada pela PF (Polícia Federal). Acusado de receber propina, ele é julgado nesta quarta-feira por quebra de decoro parlamentar.
Humberto Teixeira Júnior terá duas horas para se defender da acusação. Ele acompanha a leitura do relatório da comissão processante, favorável à cassação de seu mandato.
Conforme o Dourados Agora, ele também cobra o Ministério Público sobre denúncias que recairiam sobre deputados estaduais e federais.
Ao chegar à Câmara, ele ainda denunciou que haveria um esquema travado entre os suplentes dos vereadores indiciados, para cassar todos os parlamentares afastados após o escândalo político.
Ontem à tarde, minutos antes da sessão de julgamento, o vereador José Carlos Cimatti (PSB) entregou sua carta de renúncia à Casa de Leis.
No último dia 3, Claudio Marcelo Hall, o Marcelão, foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Já Zezinho da Farmácia, filmado recebendo dinheiro de propina, renunciou para não enfrentar o julgamento.
Gravações revelaram que os vereadores douradenses recebiam comissão de empreiteiras. A título de “mesada”, os então parlamentares recebiam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Mesmo afastado, os parlamentares recebem salários.