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Política

Alvo de cassação, vereador preso na Uragano promete denunciar políticos

Aline dos Santos | 16/03/2011 12:08
Vereador afastado chegou à Câmara com documentos e prometendo revelações sobre políticos. (Foto: Cido Costa)
Vereador afastado chegou à Câmara com documentos e prometendo revelações sobre políticos. (Foto: Cido Costa)

Alvo de um julgamento que pode resultar em cassação, o vereador afastado de Dourados, Humberto Teixeira Junior (PDT), promete adotar a linha que a melhor defesa é o ataque.

De acordo com o site do jornal Diário MS, ele chegou à Câmara Municipal munido de documentos, recibos e alardeando que vai comprometer políticos importantes em Mato Grosso do Sul.

O vereador foi preso em setembro do ano passado durante a Operação Uragano, realizada pela PF (Polícia Federal). Acusado de receber propina, ele é julgado nesta quarta-feira por quebra de decoro parlamentar.

Humberto Teixeira Júnior terá duas horas para se defender da acusação. Ele acompanha a leitura do relatório da comissão processante, favorável à cassação de seu mandato.

Conforme o Dourados Agora, ele também cobra o Ministério Público sobre denúncias que recairiam sobre deputados estaduais e federais.

Ao chegar à Câmara, ele ainda denunciou que haveria um esquema travado entre os suplentes dos vereadores indiciados, para cassar todos os parlamentares afastados após o escândalo político.

Ontem à tarde, minutos antes da sessão de julgamento, o vereador José Carlos Cimatti (PSB) entregou sua carta de renúncia à Casa de Leis.

No último dia 3, Claudio Marcelo Hall, o Marcelão, foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Já Zezinho da Farmácia, filmado recebendo dinheiro de propina, renunciou para não enfrentar o julgamento.

Gravações revelaram que os vereadores douradenses recebiam comissão de empreiteiras. A título de “mesada”, os então parlamentares recebiam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Mesmo afastado, os parlamentares recebem salários.

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