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Política

Apesar da pandemia, deputado aumenta em 34% os gastos no semestre

Em valor nominal, no entanto, o maior gastador continua sendo Dagoberto Nogueira.

Leonardo Rocha | 29/07/2020 12:00
Deputado federal Loester Carlos (PSL), em evento em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Deputado federal Loester Carlos (PSL), em evento em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Mesmo com três meses de sessões remotas devido a pandemia, o deputado federal Loester Carlos (PSL) aumentou os gastos com a cota parlamentar em 34% neste semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho as despesas do parlamentar foram de R$ 221 mil, enquanto que em 2019 chegou a R$ 164, 6 mil.

Estes dados foram publicados no Portal da Transparência da Câmara Federal. O parlamentar, que está em seu primeiro mandato, teve em janeiro deste ano o gasto de R$ 53,5 mil, já em fevereiro R$ 49,5 mil, março (R$ 48,9 mil), abril (20,6 mil), maio (R$ 20,4 mil), junho (R$ 20,8 mil) e julho se chegou a R$ 6,9 mil.

Em valores nominais, no entanto, o maior gastador do dinheiro público continua sendo o pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PDT, Dagoberto Nogueira. Loester Carlos aparece em primeiro lugar na lista porque o levantamento foi feito em percentagem.

Segundo o levantamento, os outros sete deputados federais tiveram gastos menores neste semestre, em comparação ao ano passado.  Dagoberto Nogueira (PDT) caiu de R$ 289, 9 mil (2019) para R$ 226,6 mil, enquanto que Luiz Ovando (PSL) teve redução de R$ 79,1 mil para R$ 78, 4 mil de janeiro a julho deste ano.

A deputada Rose Modesto (PSDB) teve uma redução de quase 50% nos gastos, já que usou no ano passado R$ 143,8 mil da cota parlamentar até julho e neste ano ficou em R$ 77,3 mil. Beto Pereira (PSDB) também diminuiu (gastos) de R$ 261,1 mil em 2019 para R$ 159,6 mil neste semestre.

Vander Loubet (PT) que foi o campeão de gastos (semestre) ano passado, chegando a R$ 315,1 mil no primeiro semestre, reduziu os gastos quase pela metade, tendo agora R$ 163,5 mil. Já Beatriz Cavassa (PSDB) usou R$ 134,8 mil em 2019 nos sete primeiros meses, e agora ficou em R$ 92,9 mil.

Quem mais reduziu os gastos foi Fábio Trad (PSD), que no ano passado utilizou R$ 151,7 mil (cota parlamentar) e neste ano, durante o mesmo período, apenas R$ 17,7 mil. Dos oito deputados que fazem parte da bancada federal do Estado, cinco estão em primeiro mandato.

Cota – Os dados mencionados se tratam da “cota parlamentar” que é o valor em que os deputados e senadores têm direito para cobrir despesas em função da sua atividade parlamentar.

O pagamento deste recurso é feito por “reembolso”, ou seja, o político gasta dentro das regras estabelecidas e depois entrega a nota fiscal para ter o ressarcimento.

Entramos em contato com o deputado Loester Carlos, mas ele não atendeu as ligações até o fechamento da reportagem.

Gastos no 1° semestre:

Dagoberto Nogueira (PDT) – 226.698,45 (2020) -   R$ 289.940,26 (2019)

Loester Carlos (PSL) – 221.017,06  (2020) - 164.685,78 (2019)

Luiz Ovando (PSL) -  78.460,37 (2020) -  R$ 79.120,18 (2019)

Rose Modesto (PSDB) -  77.305,69 (2020) -   R$ 143.860,60 (2019)

Beto Pereira (PSDB) -  159.673,49 (2020) -  261.102,76 (2019)

Beatriz Cavassa (PSDB) -  92.906,86 (2020) -  134.838,44 (2019)

Fábio Trad (PSD)  - 17.783,07 (2020) -  151.764,00 (2019)

Vander Loubet (PT) - 163.523,61 (2020) - 315.139,66 (2019)

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