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Política

Após investigação e afastamentos, Kayatt assume TCE prometendo transparência

Presidente eleito assumirá apenas no dia 1º de fevereiro, mas foi escolhido por unanimidade

Por Fernanda Palheta | 18/12/2024 12:41
Conselheiro foi eleito presidente em chapa única durante sessão especial na manhã desta quarta-feira (18) (Foto: Marcos Maluf)
Conselheiro foi eleito presidente em chapa única durante sessão especial na manhã desta quarta-feira (18) (Foto: Marcos Maluf)

O conselheiro Flávio Esgaib Kayatt assume a presidência do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) prometendo foco na transparência para recuperar a imagem do órgão, ferida por investigações da PF (Polícia Federal) que resultaram no afastamento de quatro conselheiros. A eleição de chapa única aconteceu durante sessão especial na manhã desta quarta-feira (18), no Plenário Celina Martins Jallad, localizado na sede do tribunal.

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Flávio Esgaib Kayatt foi eleito presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) em chapa única, assumindo em 1º de fevereiro. Sua gestão focará em transparência e recuperação da imagem do órgão, afetada por investigações da Polícia Federal que levaram ao afastamento de quatro conselheiros. Kayatt ressalta o direito de defesa dos afastados e afirma que buscará fortalecer o TCE-MS como suporte aos gestores estaduais, aprimorando processos licitatórios e oferecendo qualificação técnica às prefeituras.

O afastamento de Waldir Neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho das Neves é decorrente da operação Terceirização de Ouro, que apura a indevida contratação por meio de licitações fraudulentas, utilizando-se de conluio prévio entre as empresas participantes do certame. Os conselheiros estão afastados da Corte de Contas desde o final de 2022.

Já o conselheiro Osmar Domingues Jeronymo foi afastado em outubro deste ano durante a operação Ultima Ratio, desdobramento da Mineração de Ouro.

Sobre os afastamentos, Kayatt reforça que o órgão não tem competência para decidir. "Eles [conselheiros afastados] têm o amplo direito da defesa. Esse processo sai, não está sob a nossa responsabilidade e sim da Justiça. E como ser humano e movido a sentimentos, é lógico que a gente se vê afetado com tudo isso. Mas nós temos que ter força suficiente para passar por esses grandes desafios que a vida nos reserva", disse.

Kayatt afirma que quer deixar sua "digital" no órgão. "Vamos fazer com que essa estrutura toda que nós temos aqui, seja um suporte, uma extensão de todos os gabinetes dos gestores aqui do nosso Estado", defendeu.

"Eu quero ver os prefeitos aqui dentro. Eu quero que os nossos funcionários, os nossos conselheiros, deem suporte para que, na análise prévia de todos os contratos e licitações, já nasçam redondo, para que lá na frente os prefeitos não tenham problema e os nossos servidores possam trabalhar bem menos, porque os processos já vão nascer praticamente sem vícios", afirmou.

O presidente eleito, que assumirá apenas no dia 1º de fevereiro, ainda ressaltou a qualificação do tribunal. "Nós temos a melhor mão de obra qualificada aqui no nosso estado e eu lembro muito quando fui prefeito de onde a mão de obra no interior, ela não é especializada e a gente pode dar esse suporte para que as prefeituras possam ter acesso. Acesso a essa mão de obra que nós temos aqui no tribunal", completou.

Após a eleição unânime, com os votos dos três eleitos, a chapa única foi empossada com Kayatt como presidente, Jerson Domingos como vice-presidente e Marcio Campos Monteiro como corregedor-geral.

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