Após visitas às barragens, deputados vão comparar dados com Imasul
Intenção dos parlamentares é confrontar as informações que foram passadas pelos técnicos das barragens
Os deputados estiveram na última sexta-feira (22), visitando as barragens das empresas Vetoriais e Vale, na cidade de Corumbá, que fica a 419 km da Capital. Eles receberam as informações dos técnicos e agora vão comparar os dados, com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), que fez sua vistoria própria.
“Aparentemente as duas barragens que visitamos estão boas, inclusive a da Vale até em melhores condições, no entanto nós pegamos várias informações, em relação aos equipamentos usados e vamos comparar com os dados com do Imasul”, disse o deputado Evander Vendramini (PP), que foi acompanhado por Herculano Borges (PSD) e Lucas de Lima (SD).
Ele explicou que os técnicos informaram sobre os equipamentos usados para identificar abalos sísmicos, eventuais infiltrações e nível da água. “Fizemos questionamentos em relação à segurança das barragens. Agora vamos avaliar e fazer um relatório ainda nesta semana”, argumentou.
Após a tragédia de Brumadinho, foi criada uma frente parlamentar para tratar da segurança das barragens de Mato Grosso do Sul, que possuem o mesmo modelo da cidade mineira. Este trabalho está ocorrendo em paralelo aos dos técnicos do Imasul, que também fazem uma vistoria sobre os locais.
Barragens - No total, há 21 barragens em Corumbá. Uma das preocupações é avaliar os riscos à população do entorno. Segundo o deputado, o rompimento poderia afetar uma comunidade próxima, três balneários, um assentamento e uma escola.
Os parlamentares já pediram apoio de equipe do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), mas receberam informação de que o grupo já havia feito a sua vistoria, por isso vão comparar os dados. Laudo divulgado em fevereiro apontou infiltrações em duas barragens da Vetorial.
A vistoria foi pedida em decorrência do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido no dia 25 de janeiro. Foram 210 mortes confirmadas até agora e 96 pessoas ainda estão desaparecidas.