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Política

Bancada federal apoiará CPI da Enersul em pedido de documentos à Aneel

Ricardo Campos Jr. | 22/04/2015 15:15
Reunião entre deputados estaduais e bancada federal em Brasília (Foto: divulgação)
Reunião entre deputados estaduais e bancada federal em Brasília (Foto: divulgação)

Deputados estaduais que integram a CPI da Enersul/Energisa têm apoio da bancada federal por Mato Grosso do Sul para fortalecer pedido de acesso a relatórios e documentos que será feito junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Parlamentares se reuniram em Brasília nesta quarta-feira (22) para debater o assunto.

Segundo o deputado Paulo Corrêa (PR), que preside a comissão, entre os presentes estiveram os senadores Delcídio do Amaral (PT), Simone Tebet (PMDB) e representante de Waldemir Moka (PMDB) e os deputados federais Luiz Henrique Mandetta (DEM), Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PDT), Tereza Cristina (PSB) e Carlos Marum (PMDB).

No final da tarde, os parlamentares estaduais têm uma reunião agendada com o presidente da Aneel, Romeu Donizete Rufino, quando entregarão pessoalmente requerimento para obter cópias da auditoria feita pela PWC (Price Whaterhouse Coopers), o relatório do interventor da Enersul que esteve em Mato Grosso do Sul, Jerson Kelmann, e contrato de compra e venda da Enersul pelo grupo Energisa.

Corrêa conta que no encontro com a bancada federal foi unânime opinião de que o relatório da PWC é o documento mais importante para a CPI. Nele há uma lista chamada de “folha confidencial” com nomes de pessoas que teriam recebido dinheiro oriundo de desvio na concessionária de energia.

“Se houve impacto na tarifa, nós queremos nosso dinheiro de volta. Se os acionistas da empresa foram prejudicados, entregaremos o relatório final da CPI às autoridades competentes”, disse o presidente da Comissão.

Corrêa explicou que só após a análise e estudo de toda esta documentação é que a CPI poderá convocar pessoas para prestar depoimento. A solicitação pede que os dados sejam disponibilizados em 15 dias úteis.

Para Marquinhos Trad (PMDB), que também faz parte da Comissão, o apoio da bancada federal é fundamental para que o acesso aos documentos seja feito rapidamente. “Os parlamentares disseram que vão dar todo o apoio e vão nos acompanhar na reunião com a Aneel”, disse.

Além deles, viajaram para Brasília Onevan de Matos (PSDB), vice presidente da CPI e Beto Pereira (PDT), relator. Pedro Kemp (PT), que fecha o grupo de trabalho, não acompanha os colegas por ter outros compromissos no estado.

Investigação - A comissão apura desvio de R$ 700 milhões da Enersul em um período de dez anos (2002 – 2012); concessão de gratificações de até R$ 2,5 milhões a funcionários sem qualquer justificativa; falta de registros contábeis no valor de R$ 200 milhões em relação ao Programa de Universalização da Energia Elétrica, do Governo Federal; assim como a deliberação indevida de dividendos e juros sob o capital da empresa.

Outro tema que terá destaque nos trabalhos da CPI é a terceirização de serviços da Enersul com a contratação de empresas que pertencem a pessoas ligadas a direção do Grupo Rede, entre elas a Elucid Solution S.A e RBGRQM Participações Sociedade Anônima, sendo que só a primeira recebeu R$ 185,8 milhões.

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