CPI vai requisitar relatórios e buscar apoio da bancada federal
O presidente da CPI da Enersul/Energisa, o deputado Paulo Corrêa (PR) vai requisitar na primeira reunião de trabalho, marcada para amanhã (14), a partir das 16h, a documentação referente a auditoria da PWC (PricewaterhouseCoopers), que foi feita a pedido da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), assim como o apoio da bancada federal nesta articulação em busca de dados e informações.
“Na outra investigação da Enersul, entramos em contato com a bancada federal, que inclusive assinou conosco um documento requisitando a planilha da Aneel, foi desta forma que tivemos acesso, e desta vez seguiremos o mesmo caminho”, disse o deputado. De acordo com ele, o objetivo é ter todo este material na íntegra, para que assessoria da CPI possa estudar todos os dados.
“Queremos ter acesso a tudo, não apenas um relatório de 24 páginas, então vamos acionar desde o MPF (Ministério Público Federal) a Receita Federal, assim como pedir auxílio dos nossos deputados e senadores, toda ajuda será válida”, ressaltou ele.
O presidente da comissão voltou a dizer que o trabalho será feito por meio de dados e documentos, sem qualquer “achismo” ou “suposição”, seguindo as ações que ocorreram até a saída do Grupo Rede e a venda para Energisa.
“Primeiro a auditoria da PWC, depois queremos o relatório do interventor que veio ao estado saber todas as informações sobre a Enersul, antes que a empresa fosse vendida a Energisa e por fim o relatório feito pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários”.
Corrêa garante que não deixará que integrantes da CPI possam “fazer campanha” utilizando a investigação, tendo uma divulgação aberta dos resultados obtidos. “Da outra vez fizeram campanha política com a CPI, mas desta vez será diferente, somente será exposto fatos, sem insinuações”, disse ele.
Investigação – Após a auditoria feita pela PWC (PricewaterhouseCoopers), que apontou desvio de R$ 700 milhões na Enersul, durante o período de 2002 – 2012, os deputados irão investiga os nomes de mais de 60 pessoas físicas e jurídicas que fazem parte de uma “Folha Confidencial”, recebendo recursos por mês da concessionária, sem que houvesse qualquer justificativa ou vínculo funcional na instituição.
Também serão analisados a concessão de gratificações de até R$ 2,5 milhões a pessoas, sem que tivesse uma razão para tal pagamento, além de contratos com empresas terceirizadas, como a Elucid Solution S.A e RBGRQM Participações Sociedade Anônima, em que os proprietários eram ligados a direção do grupo Rede. Outra questão em pauta, é a falta de registro contábeis em relação a gastos de R$ 200 milhões em programa federal.