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Política

Bernal ainda “reluta” em dialogar e ter PSDB na base, dizem dirigentes

Kleber Clajus | 02/01/2014 10:56
João Rocha quase migrou para base, mas manteve discurso de "soldado do partido" (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
João Rocha quase migrou para base, mas manteve discurso de "soldado do partido" (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)

Lideranças do PSDB analisam que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ainda “reluta” em ter o partido como aliado, além de suspender diálogo de aproximação. O relacionamento entre o progressista e os tucanos estremeceu com a nomeação do secretário Municipal de Educação, José Chadid, sem comunicado ao partido, o que resultou em sua expulsão por infidelidade partidária em outubro. Outro ponto diz respeito ao arquivamento de propostas de governo apresentadas no segundo turno das eleições de 2012.

“Há pelo menos 30 dias (a administração) não nos tem procurado e também não cumpriu o que foi acordado para o apoio nas eleições”, pontua o presidente regional da sigla, deputado estadual Márcio Monteiro.

Reforça o posicionamento o presidente municipal do partido, Carlos Alberto Assis, para quem as negociações continuam como terminaram em 2013, “sem evolução”.

“Não sei por que o prefeito reluta tanto em ter o PSDB. Por isso, mantemos o apoio à cidade sem estar na base”, completa Assis.

O PSDB possui dois vereadores na Câmara Municipal, Rose Modesto e João Rocha. No caso de João, houve aproximação ao grupo aliado a Bernal, tanto que votou contra a abertura da Comissão Processante. Com o tempo a relação se desgastou, mas o discurso de “soldado do partido” sempre foi mantido.

Quanto a Rose, houve convite para que a tucana substituísse Chadid, mas a vereadora negou a proposta acreditando que seu papel está associado ao trabalho de fiscalização na Câmara.

Para Assis, o fato de Bernal não ter agregado a administração nenhuma parte do plano de governo proposto pelo PSDB é um dos fatores que ainda impede o apoio. Somado a isso está a crise entre Executivo e Legislativo que perdurou durante 2013.

“Política é a arte do entendimento e o que vimos no ano passado foi uma briga entre Executivo e Legislativo, em que Campo Grande ficou esquecida. Como a boa educação determina, para construir aliança é preciso convidar antes”, analisa o presidente municipal do PSDB.

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