Bernal presta depoimento sobre “investigação misteriosa” do Gaeco
O ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), também vai prestar depoimento sobre a “investigação misteriosa” conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele confirmou que pediu e será ouvido sobre os caso, a partir das 15h de hoje.
A investigação que assombra a Capital envolve o ex-assessor da vice-prefeitura, Ronan Edson Feitosa de Lima, o prefeito Gilmar Olarte (PP), três vereadores do PTdB (Eduardo Romero, Flávio César e Otávio Trad) e o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel.
Os vereadores, o prefeito e o secretário participam do caso, que não foi revelado por estar sob segredo de Justiça, na condição de testemunhas. O MPE (Ministério Público Estadual) só revelou, até o momento, que ouviu Ronan em São Paulo e cumpriu mandato de busca e apreensão na casa de Olarte.
Bernal decidiu entrar na polêmica e se ofereceu para prestar depoimento. Ele disse que tem informações para acrescentar à investigação.
O advogado dos vereadores, Valdyr Custódio, acredita que outros vereadores podem ser intimados a prestar informações ao Gaeco.
Na manhã de hoje, no Comando Militar do Oeste, o prefeito voltou a frisar que não teme a investigação. Ele disse que o caso envolvendo o ex-assessor cabe à Justiça. “Isso é questão da Justiça, não vou ficar repetindo”, ressaltou.
O chefe do Executivo também disse que não teme os efeitos do depoimento do antecessor, que foi cassado pela Câmara Municipal no dia 12 de março deste ano. "Não respondo pelo Bernal", limitou-se a responder.
O Campo Grande News apurou que uma das linhas da investigação é o uso de Ronan da proximidade com Olarte para aplicar golpes, passar cheques sem fundo e tirar vantagens. A relação do PTdB com o prefeito também é investigada.
Os outros crimes não foram divulgados. Um dos vereadores que prestou depoimento só revela que a investigação envolve muitas coisas.