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Política

Bernal vê novo golpe, agora, para tirá-lo do PP; deputado nega manobra

Aline dos Santos e Antonio Marques | 24/09/2015 10:28
Bernal diz que foi surpreendido por tratativas entre deputado e direção nacional do PP.(Foto: Marcos Ermínio)
Bernal diz que foi surpreendido por tratativas entre deputado e direção nacional do PP.(Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), afirma que uma manobra na cúpula do Partido Progressista, em Brasília, tenta tirá-lo do comando regional do partido. O substituto seria o deputado federal Elizeu Dionizio (SD), que nega a manobra,

Nesta quinta-feira, Bernal relatou que esteve ontem no Distrito Federal e foi surpreendido com a informação de que o parlamentar estava de malas prontas para ingressar no PP. A condição seria assumir comando da sigla em Mato Grosso do Sul. “A que pontos chegamos? Não basta esse golpe contra a democracia, contra o município, agora o Elizeu à frente do PP? Isso é brincadeira. Parece que havia envolvimento direto do André Puccinelli”, afirma o prefeito.

Bernal conta que a cúpula do partido ficou assustada com as informações sobre sua cassação em março de 2014. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investiga esquema de compra de votos para que os vereadores cassassem o mandado do progressista.

Por meio da assessoria de imprensa, o deputado federal Elizeu Dionizio confirmou convite para reunião com o senador Ciro Nogueira (PP/PI), presidente nacional da sigla, que falou das dificuldade do partido. Contudo, a informação de que assumiria o diretório regional não procede.

Em julho, o deputado disse que sofria boicote da direção do Solidariedade, seu atual partido, e que deixaria a legenda. Desde então, conversou com lideranças de diversos partidos, como PEN, PTN, PROS, PR e PSC. Porém, nada foi definido. O alvoroço dos partidos explica-se, em parte, porque um deputado federal equivale a tempo na televisão e recurso do fundo partidário.

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