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Política

Bolsonaro confirma: PL “está fechado com PSDB”

Partidos são aliados para eleição de prefeito na Capital e reeleição do governador Eduardo Riedel em 2026

Por Caroline Maldonado | 03/07/2024 17:12
Ex-presidente Jair Bolsonaro em Campo Grande, em 2022 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Ex-presidente Jair Bolsonaro em Campo Grande, em 2022 (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou que o PL (Partido Liberal) “está fechado” com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) para a eleição a prefeito em Campo Grande. A certeza foi dada durante conversa com o deputado estadual Carlos Alberto David, o “Coronel David” (PL), nesta quarta-feira (3). Com isso, o partido deve indicar o candidato a vice-prefeito na chapa do pré-candidato a prefeito dos tucanos, deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira”.

O deputado contou à reportagem do Campo Grande News que foi à Brasília hoje a pedido de Bolsonaro. Durante o encontro, ele perguntou: “E aí, está fechado com o PSDB?”. “Ele [Bolsonaro] falou ‘está fechado’”. O deputado destaca que não está confirmando a aliança entre os partidos, mas apenas foi essa a informação que recebeu do ex-presidente.

Coronel Davi prefere não comentar como a união determinada pela presidência nacional do partido está sendo recebida pelos demais membros do partido em Mato Grosso do Sul.

“Não opino. A partir do momento que ele [Bolsonaro] decide qual é o caminho, vou seguir. Apenas disse o que o presidente me falou. Não confirmo nada e o caminho que o presidente indicar eu vou seguir”, disse o deputado.

Sem mencionar os colegas de partido que mostram descontentamento com a união do PL com o PSDB, o deputado lembra que foi a favor de candidatura própria, mas também tinha o compromisso de acatar o que fosse definido pelo ex-presidente.

“Sempre defendi a candidatura própria, mas, por uma série de motivos, ela não aconteceu. Sempre me posicionei por candidatura própria, mas agora o que nos resta é seguir a orientação”, finalizou.

A informação confirma o que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, havia adiantado em entrevista concedida ao jornalista Lucimar Couto, na semana passada. Ele havia dito que era “muito provável” o acordo e uma indicação do candidato a vice na chapa do PSDB.

O dirigente do PL informou que a aliança com o PSDB vai se estender por cidades do interior de Mato Grosso do Sul e que será o primeiro passo para o projeto maior de reeleger o governador Eduardo Riedel.

A decisão de Bolsonaro frustra os planos de membros do partido que continuam defendendo candidatura própria, como o presidente estadual do PL, deputado federal Marcos Pollon, que no dia seguinte a fala de Valdemar disse ser pré-candidato a prefeito. O ex-deputado Rafael Tavares e o ex-vereador André Salineiro, ambos pré-candidatos a vereador pelo PL na Capital, manifestaram apoio a Pollon.

A aliança também desaponta a prefeita Adriane Lopes (PP), que busca a reeleição e esperava o apoio do PL, a partir da articulação da senadora Tereza Cristina com Bolsonaro. Durante agenda pública em Campo Grande na segunda-feira (1°), a senadora disse estar surpresa com o que aconteceu e que esperava ouvir da boca de Bolsonaro a opção do PL na Capital.

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