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Política

Câmara barra incentivos e doação de área e CCR pode ir para outra cidade

Kleber Clajus | 18/11/2014 14:06
Pedra liderou outros dois vereadores que impediram proposta do Executivo de ser aprovada, além da ausência de integrantes da base aliada (Foto: Marcos Ermínio)
Pedra liderou outros dois vereadores que impediram proposta do Executivo de ser aprovada, além da ausência de integrantes da base aliada (Foto: Marcos Ermínio)
Thaís Helena convenceu bancada a ser favorável a doação e incentivos por contrapartida de praça no Parque dos Laranjais prevista no projeto (Foto: Marcos Ermínio)
Thaís Helena convenceu bancada a ser favorável a doação e incentivos por contrapartida de praça no Parque dos Laranjais prevista no projeto (Foto: Marcos Ermínio)

A Câmara Municipal rejeitou, nesta terça-feira (18), doação de área e concessão de incentivos fiscais à CCR MS Via, empresa concessionária da BR-163. A concessionária tinha pretensão de construir base operacional e gerar 250 empregos técnicos em Campo Grande.

Edil Albuquerque (PMDB) se esforçou na negociação para que o projeto fosse aprovado, porém a própria base aliada do prefeito Gilmar Olarte (PP) “traiu” a liderança quando se ausentou mais cedo do plenário e por falta na sessão devido a outros compromissos. Indignado, o peemedebista solicitou o nomes dos ausentes, parecer da procuradoria jurídica sobre o caso e até recomendou a empresa que “pode fazer compromisso em outro lugar”.

Para aprovar a proposta eram necessários 20 votos favoráveis, mas somente 18 de 21 foram computados. Com ressalvas de Thaís Helena, até mesmo a bancada do PT foi favorável ao projeto, desde que cumprida contrapartida de construção de praça no Parque dos Laranjais.

Contudo, a oposição de Paulo Pedra (PDT), Luiza Ribeiro (PPS) e Derly dos Reis, o Cazuza (PP), completou a derrota na negociação por não concordarem com a doação de terreno nas Moreninhas para a concessionária, além de isenção de 50% de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) pelo período de cinco anos. O processo se utilizava de incentivos do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social).

“Não concordo com esse ponto de vista neoliberal, pois a empresa já recebe concessão do governo federal e recurso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e não precisa de terreno”, pontuou Paulo Pedra.

Depois da decisão, Luiza Ribeiro se sentiu constrangida ao Edil recomendar a empresa que procure outro lugar e ainda ressaltou ser necessário “convidar o empresário e a empresa para que fiquem em Campo Grande”. Alceu Bueno (PSL) reagiu a atitude por “não entender” a fala da opositora que, de acordo com ele, colocou em risco a geração de 250 empregos.

As ausências de Mario Cesar (PMDB), Elizeu Dionizio (SD), Paulo Siufi (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB), Carla Stephanini (PMDB), Edson Shimabukuro (PTB) e Grazielle Machado (PR) também foram registradas durante a votação.

“Liderança e base comeram barriga”, analisou Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), sobre o resultado negativo.

O diretor de relações institucionais da CCR MS Via, Claudeir Mata, minimizou a questão ao dizer que a empresa respeita a decisão dos vereadores e que entendia ter direito ao pleito via Prodes. Ele ainda ressaltou que a construção da base operacional era mais simbólica, ao se considerar a política de desenvolvimento que a Prefeitura pretendia levar as Moreninhas. A empresa, no entanto, estima que independente do caso serão recolhidos pelos pedágios, quando em funcionamento, R$ 170 milhões somente em ISSQN na Capital.

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