Câmara vê desrespeito de Bernal na execução do Orçamento de 2013
Os vereadores da Capital estão preocupados com a execução do Orçamento Municipal de 2013. As propostas elencadas na Lei Orçamentária Anual (LOA), com diretrizes fixadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, teriam baixíssimo nível de implantação na gestão do prefeito Alcides Bernal. Amanhã, o presidente da Câmara, Mario Cesar, deverá fazer um pronunciamento sobre essa situação.
O orçamento de Campo Grande para este ano, totalizando R$ 2,7 bilhões, foi aprovado por unanimidade pelos vereadores no final de 2012. Ao projeto elaborado pela gestão de Nelsinho Trad (PMDB) foram acopladas 47 emendas pelos vereadores.
Na quinta-feira da semana passada, o presidente da Comissão de Eficácia Legislativa da Câmara, vereador Elizeu Dionízio (PSL), entrou com requerimento questionando o Executivo municipal sobre o baixo nível de implementação orçamentária sob o governo do prefeito Alcides Bernal (PP). “Seis obras que estavam em andamento até o final do ano passado, agora estão paradas”, apontou Elizeu.
Para ele, o “calote” nos contratos estão diretamente relacionados com o baixo nível de execução orçamentária. “Qual o plano administrativo do governo atual?”, questionou Elizeu. “Até agora o prefeito não nos passou”, afirmou o vereador. “A cidade não tem um plano administrativo. Está sendo administrada através de um decreto emergencial”, acrescentou.
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final da Câmara, o vereador Airton Saraiva (DEM) também teme que o Orçamento de 2013 esteja sendo desprezado pela atual administração, já que o primeiro semestre está no fim e não se constata atendimento às propostas aprovadas, inclusive às emendas parlamentares. “Que eu saiba nenhuma das emendas foi atendida até agora”, apontou.
Saraiva lembra que só no seu caso são três emendas até hoje pendentes de execução: Uma referente à construção de uma praça no bairro Tiradentes e duas prevendo asfaltamento nos bairros Tijuca e Parque do Sol.
Até a gestão passada, conforme o vereador Airton Saraiva, toda a programação orçamentária era executada em pelo menos 75%. “Agora estamos em junho e não vemos nada sendo feito”, criticou o democrata.