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Política

Campeão de votos, Marquinhos quer repetir façanha no Executivo

Aline dos Santos | 02/08/2016 13:50
“Sempre fui um parlamentar de chão, nunca fui de gabinete", diz Trad ao visitar o Campo Grande News. (Foto: Alcides Neto)
“Sempre fui um parlamentar de chão, nunca fui de gabinete", diz Trad ao visitar o Campo Grande News. (Foto: Alcides Neto)

Com declaração de que passou quase metade dos 51 anos de vida se preparando para administrar Campo Grande, o pré-candidato Marcos Trad (PSD) afirma que espera repetir na disputa do cargo no Poder Executivo o resultado das eleições para o Poder Legislativo: ser campeão de votos.

O título foi obtido na disputa para vereador e deputado estadual. Na última eleição, em 2014, foi o mais votado na Assembleia Legislativa, com 47.015 votos.

“Sempre fui um parlamentar de chão, nunca fui de gabinete. Sempre estive nos bairros e Campo Grande sofre uma estagnação”, diz o pré-candidato, que visitou o Campo Grande News nesta terça-feira (dia 2).

A candidatura, que será oficializada na próxima quinta-feira (dia 4), traz as propostas de investir em medidas urgentes, como retomada imediata do tapa-buracos, e de médio prazo, como interligar o sistema de atendimento nos postos de saúde, valorizar servidor com plano de cargos e não inflar a estrutura pública com obras desnecessárias

“A saúde não precisa de novas frentes de atendimentos. Temos 77 frentes de atendimento para uma população de 870 mil habitantes. Curitiba tem 40 e poucas unidades para 1,8 milhão de habitantes. Lá funciona e aqui não. Acontece que lá os salários são bem maiores e a estrutura é bem mais ampla. Eles têm condições dignas de trabalho”, afirma Marquinhos, como é mais conhecido.

Ainda na saúde, ele relata que é contra repassar administração para OS (Organização Social) e pretende implantar sistema eletrônico de registro de atendimento em toda a rede de saúde do município e para agendamento de consultas.

Ele aponta que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) destinou R$ 1,1 bilhão para saúde. “A questão não é dinheiro, mas falta de gestão”, afirma. Na educação, ele aponta que há um déficit de 11 mil vagas para Ceinf (Centro de Educação Infantil).

Sobre estilo de administração, afirma que terá perfil de descentralizar e buscar parceria. “Ninguém é dono da cidade. Tem que haver conscientização de que o Executivo é um funcionário contratado por tempo limitado. Vamos trazer a população para dentro da prefeitura”.

 “Eu fiquei 21 anos me preparando para esse momento”, afirma o pré-candidato do PSD. (Foto: Alcides Neto)
“Eu fiquei 21 anos me preparando para esse momento”, afirma o pré-candidato do PSD. (Foto: Alcides Neto)

Disputa – A candidatura do PSD tem apoio do PMN, PHS, PTB, PTdoB e PEN. “Entregamos os nosso plano de governo e deixamos bem claro que aquele que quiser vir, vem para somar. Não combinamos cargos, não fizemos barganha, não tem troca e muito menos tempo de televisão”, afirma Marquinhos.

O PTdoB divulgou ontem que pode ter candidatura própria, mas, segundo o pré-candidato, a informação não foi oficializada para o PSD.

A vice na chapa será Adriane Lopes (PEN). Conforme o pré-candidato, a escolha por critério técnico e refuta análise de que será mais um trunfo na busca do voto evangélico. “Ela comanda centros de recuperação, um trabalho impressionante”, diz.

Adriana, que é esposa do deputado estadual Lídio Lopes (PEN), é formada em Direito, graduada em administração pública e especialista em gerência de cidades. O trabalho social é ligado à Assembleia de Deus. “Não foi por questão da nomenclatura religiosa. Não vejo nenhum mal em sermos cristãos”, diz.

Advogado, Marquinhos Trad tem 51 anos, é casado e pai de quatro filhas. Ele foi secretário municipal em Campo Grande por sete anos, vereador e cumpre o 11º ano no cargo de deputado estadual. Ele afirma que com planejamento vai conciliar mandato e campanha. “Eu fiquei 21 anos me preparando para esse momento”, afirma.

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