Com futura ministra, Reinaldo obtém garantia de recuperação de ferrovia
Ferrovia que liga Corumbá a Santos (SP) deve ter aporte de R$ 5 bilhões por meio do PPI, que será mantido por Bolsonaro
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assegurou nesta terça-feira (13), durante reunião em Brasília, a inclusão da recuperação da ferrovia Malha Oeste –traçado da antiga Rede Ferroviária Federal–, com extensão de 1,9 mil quilômetros, no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do governo federal, a partir da prorrogação da concessão da Rumo Logística e compromisso de investimento de R$ 5 bilhões.
A garantia veio após reunião com a deputada federal Tereza Cristina (DEM), futura ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro (PSL), e Tarcísio Gomes de Freitas, secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do PPI. O programa, criado em 2016, será mantido na futura gestão federal, visando a ampliar e fortalecer a interação entre Estado e iniciativa privada via contratos de parceria e outras ações para desestatização.
Ao governador, Freitas explicou que o PPI, em sua primeira fase, priorizou a prorrogação das concessões de outras cinco malhas ferroviárias. “Os processos estão bem finalizados. O próximo passo é fazer a qualificação como prioritário da Malha Oeste e Malha Sul”, explicou. Essa próxima fase será dada no início de 2019, com a extensão do contrato com a Rumo, que “vai trazer os investimentos para recapacitar a linha”.
Reinaldo destacou que a revitalização da Malha Oeste vai viabilizar a Ferrovia Transamericana, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico por Mato Grosso do Sul –o que vai reduzir o custo de escoamento da produção.
“A Malha Oeste é fundamental. Com a inclusão da linha férrea como prioridade na primeira reunião do conselho do PPI, no próximo ano fica assegurado que a Rumo vai fazer investimentos, já que a ampliação da concessão estará atrelada à aplicação de recursos na linha férrea”, afirmou Reinaldo. O investimento para recuperação da ferrovia é estimado entre R$ 4,5 bilhões a R$ 5 bilhões, cujo retorno é previsto com a demanda para transporte de fertilizantes, grãos, líquidos e aço –inclusive com aumento da demanda. O atual termo de concessão termina em 2026.
A Malha Oeste, no Estado, vai de Corumbá a Três Lagoas, passando por Campo Grande e contando com um ramal, hoje desativado, entre a Capital e Ponta Porã –passando por Dourados e Maracaju. O corredor ferroviário chega a São Paulo, tendo como antigo ponto final a cidade de Bauru, de onde se estende a Santos (SP) pela antiga ferrovia Sorocabana. A Malha Sul, por sua vez, vai de São Paulo ao Rio Grande do Sul.