Reativação de ferrovia vai impulsionar economia do MS, diz Reinaldo
Governador aguarda acordo entre Rumo e ANTT para que retornem os investimentos e ampliação da malha
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que vai se reunir em Brasília, nesta semana, com representantes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), para discutir a reativação da ferrovia da malha oeste, que corta Mato Grosso do Sul, que está sendo viabilizada junto a empresa Rumo Logística. O tucano disse que a retomada deste modal vai “crescer” a economia do Estado.
“Um dos projetos vitais para Mato Grosso do Sul é a reativação da ferrovia, que faz pate do projeto Transamericana, que vai integrar o Estado ao Oceano Pacífico. No nosso trecho (malha oeste) falta apenas fechar o acordo para empresa (Rumo) conseguir mais 30 anos de concessão e assim ampliar toda malha, com investimento robusto”, disse ele.
Reinaldo explicou, durante agenda pública em Corumbá, que a reativação da ferrovia a médio prazo, vai ligar Mato Grosso do Sul e o Brasil com a Bolívia, Peru e Chile, chegando ao Oceano Pacífico. “Corumbá por exemplo fica a 1514 km dos portos chilenos, quando hoje toda exportação é feita pelo Oceano Atlântico, pelos portos de Santos e Paranaguá”, comparou.
Para o tucano esta “nova saída” ao Oceano Pacífico vai trazer um ganho “extraordinário” para economia local e nacional. “Se trata de um projeto de quatro ferrovias, que inclui a malha paulista, de Mato Grosso do Sul, Bolívia e Andina (Chile e Peru) dentro da América da Sul”. Ele citou que Corumbá passaria a ser o “meio do caminho” e não o “fim da linha” do modal.
Exportação - O governador também destacou que 66% da exportação de Mato Grosso do Sul segue para países asiáticos, que se fosse encaminhado pelo Oceano Pacífico seria mais vantajoso. “Vai crescer ainda mais a demanda dos asiáticos por alimento, o que pode nos favorecer pela produção. Esta revitalização (ferrovias) se trata de um dos maiores projetos mundiais de logística”.
Segundo Azambuja, o governo estadual vai fazer sua parte por meio de liberação das licenças ambientais (ferrovias), assim como desapropriação de áreas para “acelerar” a ampliação do modal dentro do Estado, restando a empresa responsável pela ferrovia (Rumo Logística) fazer os investimentos e obras necessárias.
Projeto – A Ferrovia Transamericana se trata de um modal logístico de 2,4 mil quilômetros entre o porto de Santos (SP) e o interior da Bolívia, valendo-se do traçado da estrada de ferro hoje existente. Neste trajeto inclui 1,6 mil quilômetros de estradas de ferro entre Santos e Corumbá, e outros 600 quilômetros em território boliviano.
Ela (Transamericana) é defendida como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos. Estudos de viabilidade econômica revelaram potencial para que o modal seja usado no escoamento de celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar, entre outros produtos.