Reunião na 2ª-feira discute implantação da Ferrovia Transamericana
Seminário vai apresentar projetos técnicos e de viabilidade para corredor de escoamento com 2,4 mil quilômetros de extensão
Reunião no Centro de Convenções de Corumbá –a 419 km de Campo Grande– na segunda-feira (30) vai discutir o projeto da Ferrovia Transamericana, um modal logístico que se estende 2,4 mil quilômetros entre o porto de Santos (SP) e o interior da Bolívia, valendo-se do traçado da estrada de ferro hoje existente. O prefeito Marcelo Iunes (PSDB) recebe na cidade autoridades do Brasil e da Bolívia.
O projeto inclui 1,6 mil quilômetros de estradas de ferro entre Santos e Corumbá, e outros 600 quilômetros em território boliviano. A reunião, em formato de seminário, acontece durante a tarde, e visa a apresentar estudos técnicos já realizados sobre o projeto –abrangendo desde a viabilidade econômica das malhas existentes, regimes regulatórios do transporte e aduaneiro e infraestrutura de transbordo e intermodal.
Ao final do encontro, o ministro João Carlos Parkinson, chefe da CGLAC (Coordenação-Geral de Assuntos Econômicos Latino-Americanos e Caribenhos) do Ministério das Relações Exteriores fará a apresentação de consensos obtidos até aqui no projeto e os próximos passos para a exploração efetiva do traçado ferroviário.
Projeto – A Transamericana é defendida como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, como o Porto Seco de Três Lagoas (em implantação) e o terminal portuário de Santos. Os ramais vão da Bolívia a São Paulo, garantindo competição internacional a produtos da região.
Estudos de viabilidade econômica realizados até aqui revelaram potencial para que o modal seja usado no escoamento de celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar, entre outros produtos.