CPI do Cimi irá ouvir procurador do MPF de Dourados e produtor rural
A CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) irá ouvir nesta semana, o procurador do MPF (Ministério Público Federal) de Dourados, Marco Antônio Delfino, assim como o produtor rural de Rio Brilhante, Raul das Neves. Os depoimentos irão acontecer no plenário da Assembleia, a partir das 14h, na próxima terça-feira (17).
O produtor rural Raul das Neves poderá relatar toda este conflito na sua região, assim como era a ação dos indígenas antes e durante as invasões a propriedades rurais. A intenção da comissão parlamentar é apurar se existe influência, como incentivo ou até financiamento destas ações por grupos indígenas em Mato Grosso do Sul.
Os integrantes da CPI ainda vão ouvir o procurador do MPF, Marco Antônio Delfino, que atua em Dourados, sobre as ações e conflito no campo na região, em especial em Antônio João, área que inclusive tem a atuação do Exército Brasileiro, com autorização da União, para tentar apaziguar e impedir novos confrontos, como o que resultou na morte do índio, Semião Vilhalva, de 24 anos, durante retomada da fazenda, no município.
O procurador inclusive depois pediu abertura de investigação em função de mensagens nas redes sociais, em função da possível ação de milícia para retomada de terras na região. Ainda se envolveu em polêmica, quando produtores registraram boletim de ocorrência para informar que ele e representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) teriam ido até a Fazenda Barra, por 50 minutos, observando o local e fazendo fotografias.
Nesta oportunidade a proprietária, Roseli Maria Ruiz, alegou que registrou a ocorrência como preservação de direito, alegando que restava se resguardando em qualquer evento que poderia prejudicá-la no futuro.
A CPI do Cimi é formada pelos deputados Mara Caseiro (PT do B), presidente, Marquinhos Trad (PMDB), vice-presidente, Paulo Corrêa (PR), relator, Pedro Kemp e Onevan de Matos, como membros. Houve muita polêmica para criação deste grupo, porque a bancada do PT alegava que era apenas uma forma de encontrar "culpados", ao invés de buscar uma solução ao conflito.