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Política

Denúncia de irregularidades tenta reverter diplomação de prefeita

Pedido de urgência para suspender ato que legitima resultado das urnas está embasado em possível manipulação

Por Gabriela Couto | 07/12/2024 15:29
Denúncia de irregularidades tenta reverter diplomação de prefeita
Prefeita eleita de Coronel Sapucaia,  Niágara Kraieviski (PP), atual presidente da Câmara Municipal (Foto: Facebook)

A diplomação da prefeita eleita de Coronel Sapucaia, Niágara Kraieviski (PP), prevista para os próximos dias, pode não acontecer. Uma denúncia de suposta conduta parcial de servidoras da Justiça Eleitoral e manipulação no processo eleitoral deste ano está embasando o pedido de urgência para suspender o ato que oficializa o resultado nas urnas.

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A diplomação da prefeita eleita de Coronel Sapucaia, Niágara Kraieviski (PP), pode ser suspensa devido a denúncia de irregularidades no processo eleitoral, incluindo transferências eleitorais fraudulentas, cancelamentos indevidos de títulos e favorecimento de eleitores ligados à candidata. A investigação, que aponta diversas inconsistências nos registros eleitorais, como múltiplos alistamentos e transferências para o mesmo endereço inexistente, pode resultar em revisão eleitoral, auditoria e até nova eleição.

Niágara venceu com 42% dos votos válidos, superando Lino Luiz Keffler (PL), que obteve 7,69% dos votos; Aldacir Antonio da Silva Cardinal (PSDB), com 36%; e Najla Mariano, que ficou com 13% dos votos.

No entanto, notícia de fato eleitora que está tramitando na promotoria eleitoral da 19ª Zona Eleitoral de Ponta Porã, aponta uma série de irregularidades ocorrida na cidade, como transferências eleitorais de pessoas que não moram na cidade, cancelamento indevido de títulos eleitorais, favorecimento de eleitores ligados à prefeita eleita, entre outras situações.

O documento apresentado por Jaqueline Paetzold Soares traz uma série de casos suspeitos que estão sendo investigados a pedido do promotor eleitoral Magno Oliveira João. Dentre as situações no mínimo estranhas que foram encontradas durante a investigação de Jaqueline, estão registros de endereços do pai da candidata eleita em títulos de eleitores de conhecidos.

Também há 30 alistamentos e 25 transferências para o mesmo endereço na rua Abílio Espíndola Sobrinho. "Quase todas as transferências e alistamentos usaram mesmo endereço. Mudavam apenas o bairro. Teve muitos com ruas que não existem no município", revelou Jaqueline.

O caso segue em investigação e pode resultar em uma revisão eleitoral e auditoria no cartório eleitoral da cidade, podendo, inclusive, ter que fazer uma nova eleição no município. Outras denúncias envolvendo indígenas da cidade também deve ser apurada nos próximos dias.

Por meio de nota, a prefeita eleita informou que sua diplomação ocorrerá no dia 18 de dezembro, bem como sua posse no dia 1º de janeiro, às 16h. No documento, Niágara afirmou que recebeu "com surpresa as ilações da advogada do candidato derrotado Aldacir Cardinal (PSDB)".

A prefeita eleita acrescentou ainda que "as acusações vazias e infundadas formuladas pela advogada Jaqueline, não passam de falácias pelo inconformismo com os resultados das urnas que conferiram 42% dos votos para a Prefeita Eleita, com diferença de mais de 500 votos do segundo colocado.  É descabida a tentativa da Advogada Paetzold em tentar macular o resultado da eleição. A mera insatisfação dos derrotados pela livre escolha da população no exercício do voto, com tentativa de descredibilizar a Justiça Eleitoral, não enseja a realização de nova eleição, sendo soberana a vontade popular".

***Matéria alterada às 17h47 para acréscimo de informação.

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