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Política

Depois de 43 horas, deputados encerraram discursos já de madrugada

Leonardo Rocha | 17/04/2016 07:08
Deputados encerram discursos de madrugada, após acordo de líderes (Foto: Nilson Bastian\Câmara dos Deputados)
Deputados encerram discursos de madrugada, após acordo de líderes (Foto: Nilson Bastian\Câmara dos Deputados)

Depois de 43 horas, os deputados encerraram na madrugada de hoje (17), por volta das 3h42 (horário de Brasília), a fase de discursos e discussões no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), dos 513 parlamentares, 140 não compareceram ou decidiram não fazer uso da palavra na Câmara Federal.

Os trabalhos começam na manhã da sexta-feira, por volta das 8h55, e seguiram durante todos os turnos, inclusive de madrugada, para que hoje (17), a partir das 14h, seja iniciado a fase de votação, onde a oposição precisa de 342 votos favoráveis, para aprovar o impeachment contra a presidente, para que então o processo siga para o Senado Federal, que irá dar a última palavra.

Como a maioria dos parlamentares queriam fazer pronunciamento, existia a expectativa dos discursos acabarem ainda nesta manhã, no entanto houve um acordo de líderes partidários para que esta fase fosse encurtada e muitos abriram mão de usar a tribuna, já que a direção da Câmara (Federal) avaliou que poderia atrapalhar o horário da fase de votações, que começa nesta tarde.

De acordo com a Câmara dos Deputados, esta fase de discursos que começou na sexta-feira e terminou na madrugada de domingo, foi a mais longa da história do legislativo, antes este posto era ocupado pela MP dos Portos, em 2013, quando deputados permaneceram 36 horas e 35 minutos. Entre os deputados de Mato Grosso do Sul que discursaram estavam: Luiz Henrique Mandetta (DEM), Geraldo Resende (PMDB) e Tereza Cristina (PSB).

O relatório final aprovado pela comissão especial do impeachment, teve o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que apontava crime de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff (PT). Entre as infrações citadas está a edição decretos suplementares sem autorização do Legislativo e em desconformidade com um dispositivo da Lei Orçamentária, conhecida como "pedaladas fiscais".

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