Deputado do PMDB se diz confiante em afastamento; petista acredita que é golpe
Nesta segunda-feira (11), os parlamentares analisam parecer de processo
Em meio ao processo de votação do parecer sobre o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), deputados federais de Mato Grosso do Sul mantêm os mesmos posicionamentos anunciados no início do processo. Nesta segunda-feira (11), a comissão formada na Câmara dos Deputados para analisar a situação da petista discutem o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) favorável ao afastamento dela.
Contrário à destituição de Dilma e da base governista, o deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, reitera a opinião de que se trata de um golpe e que dificilmente o afastamento passará pelo crivo dos demais deputados, quando o relatório chegar ao plenário. “A sociedade percebe que é um golpe. Não há argumentação jurídica e ela não é nem citada na Operação Lava Jato”.
Começou hoje na Câmara dos Deputados a fase em que os líderes dos partidos terão tempo para discursar, depois da fala do relator e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma. Já a votação acontecerá a partir das 17 horas.
Se mantendo a favor do impeachment, o deputado federal Carlos Marum (PMDB), suplente na comissão do processo na Câmara, afirmou estar confiante que o afastamento acontecerá. Já sobre a votação em plenário, o deputado afirmou que deve começar na sexta-feira (15) e finalizado no domingo (17).
Desde o início do processo, com a indicação dos membros e o prazo de defesa de Dilma, a bancada de MS se dividiu em seus posicionamentos. Boa parte se diz favorável e a base é contra. Dagoberto Nogueira (PDT) é o único que ainda não definiu, até então, seu posicionamento, pois espera opinião do diretório nacional da legenda.
Após a votação do relatório, hoje, o resultado deverá ser lido na Câmara dos Deputados na terça-feira (12) e publicado no Diário Oficial da casa de leis na quarta-feira (13). A partir disso começa a contar o prazo de 48 horas para o início da votação no plenário.
A reportagem do Campo Grande News tentou contato com outros seis deputados federais que representam Mato Grosso do Sul, mas eles não atenderam as ligações.