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Política

Deputados de MS usam R$ 8 milhões para pagar consultorias parlamentares

Parlamentar que mais gastou foi o vice-presidente da Casa, Eduardo Rocha (MDB): R$ 676 mil

Nyelder Rodrigues | 29/07/2021 17:23
Eduardo Rocha é o parlamentar que apresentou maior quantia de gastos com consultoria (Foto: Luciana Nassar/Divulgação/Alems)
Eduardo Rocha é o parlamentar que apresentou maior quantia de gastos com consultoria (Foto: Luciana Nassar/Divulgação/Alems)

Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul usaram na atual legislatura da Assembleia Legislativa, que começou em fevereiro de 2019, R$ 8,3 milhões em consultoria parlamentar. Os dados são referentes ao período até junho deste ano e constam todos no Portal da Transparência do legislativo estadual.

Com 24 parlamentares, os gastos em um ano e meio de trabalho na Casa de Leis ficam na média de R$ 345 mil por deputado.

Os gastos com consultorias estão todos previstos no orçamento e constituem recursos legais para uso dos deputados, cabendo a cada um deles definir como e quanto, dentro de um limite pré-estabelecido, serão usados.

Entre os que mais gastaram estão dois emedebistas. Marido da senadora Simone Tebet, também do MDB, Eduardo Rocha é vice-presidente da Assembleia Legislativa e investiu R$ 676 mil em 17 meses - são quase R$ 40 mil por mês usados com consultoria.

A reportagem entrou em contato por telefone com o deputado, mas as ligações caíram direto na caixa de mensagens.

Lista de 10 - Já a segunda posição no ranking é de Márcio Fernandes, que somou R$ 592 mil, seguido de perto pelo radialista Lucas de Lima (Solidariedade), com R$ 542 mil. Antônio Vaz (Republicanos) é o quarto com R$ 530 mil em consultorias.

Londres Machado (PSD), Herculanos Borges (Solidariedade), Renato Câmara (MDB), Lídio Lopes (Patri), Rinaldo Modesto (PSDB) e Pedro Kemp (PT) fecham a lista dos 10 primeiros com mais gastos em consultoria parlamentar, com R$ 478 mil, R$ 450 mil, R$ 439 mil, R$ 380 mil, R$ 379 mil e R$ 373 mil, respectivamente.

Econômicos - Já na parte de baixo da tabela de recursos investidos em consultoria, aparecem dois deputados com berço político em Dourados - cidade localizada a 238 km de Campo Grande. O último no ranking é José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), que não tem nenhum gasto registrado nesta categoria de verba parlamentar.

Em seguida, vem Marçal Filho (PSDB), que apresentou apenas R$ 20 mil no período. Amarildo Cruz (PT) e Mara Caseiro (PSDB) também aparecem com gastos bastante baixos, porém, os mesmos assumiram suas cadeiras apenas recentemente.

No caso de Mara, ela retornou à Assembleia em novembro de 2020, somando desde então R$ 63 mil em gastos com consultoria. Enquanto isso, o deputado petista entrou no mês passado no lugar de José Almi, o Cabo Almi (PT), e usou R$ 25 mil.

Em contraponto, Almi, que faleceu em junho em decorrência da covid-19, somou R$ 278 mil em gastos com consultoria de fevereiro de 2019 até junho desse ano. Onevan de Matos (PSDB), substituído por Mara também após falecer por causa de complicações causadas pelo novo coronavírus gastou R$ 220 mil até seu último dia na Casa.

Retorno - Atualmente, a Assembleia Legislativa está em recesso parlamentar, retornando às atividades cotidianas de gabinete na próxima segunda-feira (2). As sessões, recomeçam na terça-feira (3), já que elas ocorrem apenas de terça à quinta.

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