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Política

Deputados não aderem a “vaquinha virtual” para esta campanha

Parlamentares que buscam a reeleição preferiram o "modelo tradicional" para doações de campanha

Leonardo Rocha | 21/08/2018 12:22
Deputados Márcio Fernandes (MDB) e Renato Câmara (MDB) durante a sessão (Foto: Victor Chilena/ALMS)
Deputados Márcio Fernandes (MDB) e Renato Câmara (MDB) durante a sessão (Foto: Victor Chilena/ALMS)

Os deputados que vão tentar a reeleição neste ano, ou disputar outros cargos na eleição, não aderiram a chamada “vaquinha virtual”, quando os eleitores poderão contribuir com os candidatos com quantias menores, pela internet. Eles disseram que o “novo modelo” não empolgou, portanto preferem os métodos tradicionais.

“Fizemos uma breve avaliação e entendemos que teria poucos resultados neste ano, quem sabe nas próximas. Vamos seguir atrás das doações individuais e contando ainda com a ajuda do partido”, explicou Márcio Fernandes (MDB), que antes até pensava em usar a ferramenta para a campanha de 2018.

Já Eduardo Rocha (MDB) lembrou que desde o começo decidiu não usar este modelo. “Vou seguir com a minha forma tradicional, que é apostar na ajuda dos amigos e quem confia na nossa campanha, assim como recursos próprios, sem usar a internet para pedir dinheiro”, disse o líder do MDB na Assembleia.

Rinaldo Modesto (PSDB) segue o mesmo discurso e ainda destaca que as “novas alternativas” para doações podem até “confundir o eleitor” na campanha. “Ainda não temos esta cultura de doações pela internet, que até funciona em outros países, prefiro continuar a maneira tradicional. Minha campanha também sempre foi contida em gastos”.

Lídio Lopes (Patriotas) lembrou que era preciso contratar uma empresa para administrar as doações, o que tornava a questão mais complicada. “Eu preferi não adotar neste momento, vamos ver como funcionou neste pleito, até para avaliarmos se deu certo”.

Avaliações – Os deputados José Carlos Barbosa (DEM) e Renato Câmara (MDB) reconheceram que não estão utilizando o método, mas diz que vão avaliar com suas respectivas equipes, para colocar em prática no último mês de campanha. “Vou pedir para organizar até para funcionar como uma espécie de teste, assim saberei se pode dar resultado”, disse Câmara.

Barbosinha disse que está analisando a alternativa. “Podemos colocar em prática daqui umas semanas só para analisar se compensa ter uma ferramenta na internet. É a primeira eleição então se trata de uma novidade”.

Regras - As vaquinhas foram uma das alternativas encontradas para garantir o financiamento de candidatos, depois da proibição de doações de empresas, restando apenas as contribuições de pessoas físicas. Serão estipulados valores mínimos e máximos para doação.

Deve se contratar uma empresa para prestar este serviço, sendo que esta precisa se cadastrar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As instituições devem divulgar a lista de todos os doadores e as quantias repassadas.

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