Diretor do IMTI acusa aliado de Bernal de violar dados sigilosos
O diretor-presidente do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação), Alessandro Menezes de Souza, registrou, nesta sexta-feira (16), boletim de ocorrência contra o ex-titular da pasta, Cleiton Barbosa da Silva, por quebra de dados sigilosos da Prefeitura de Campo Grande.
Segundo ele, ontem (15), durante a ocupação dos órgãos públicos, após liminar que devolveu o cargo ao ex-prefeito Alcides Bernal (PP), Silva, acompanhado de José Bosco Dourado de Assis, foi ao IMTI para reassumir o instituto, mesmo sem nomeação, como exige a lei.
No órgão, ele, com o suposto aval de Bernal, teria anunciado previsão de demissão em massa e exigido acesso aos dados.
“O IMTI cuida de todas as informações da prefeitura, dos postos de saúde a receita, por isso, tem dados dos contribuintes. Invadir isso é como invadir a conta bancária de alguém, é quebra de sigilo, é crime”, disse o atual diretor do órgão, em entrevista coletiva, na prefeitura.
Ainda durante a ocupação, o aliado de Bernal teria exigido para suspender todos os pagamentos e parar o sistema. “Neste caso, os postos de saúde iriam parar, a Reme (Rede Municipal de Ensino) iria parar”, frisou Souza. Ainda de acordo com ele, Silva saiu do instituto com documentos (veja vídeo abaixo).
Mais boletins – Também em entrevista coletiva, o secretário de Comunicação do prefeito Gilmar Olarte (PP), Edson Godoy, informou que outros boletins de ocorrência foram registrados contra Bernal e seus aliados. “Na semana que vem, vamos apresentar os dados e o prejuízo estimado em depredação do patrimônio”, afirmou.
Na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), segundo o titular Jamal Salem, dados também foram violados e furtados. “Levaram 50 sindicâncias, notas fiscais e até um celular”, relatou. “Registramos boletim de ocorrência”, completou.
Diante dos abusos, os secretários classificaram a ocupação como “ato de terrorismo, usurpação, medieval”. Eles ainda acusaram Bernal de estar por trás de todos os desmandos. “Chegou intimidando todo mundo e ameaçando de demissão quem não o obedecesse”, disse Godoy.